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Governo sem Centeno? Para um terço dos portugueses será um Executivo pior

A saída de Mário Centeno, cada vez mais falada, não mudaria a governação de António Costa na opinião de 43% dos portugueses, revela uma sondagem da Intercampus realizada para o Negócios e para o CM/CMTV. Só 14% acha que o governo ficaria melhor.

Lusa
30 de Dezembro de 2019 às 08:00
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Um em cada três portugueses considera que o Governo vai ficar pior caso Mário Centeno abandone a pasta das Finanças, tal como tem vindo a ser dado como cada vez mais certo, de acordo com o barómetro de dezembro da Intercampus realizado para o Negócios e para a CM/CMTV. Porém, a maioria, 43,2%, considera que a governação será igual, com ou sem Mário Centeno.


À pergunta se, "sem Centeno, o Governo vai governar melhor", 8,6% responderam afirmativamente. Já 14,7% não sabem ou não quiseram responder à questão colocada pela Intercampus.


Ainda que a maioria considere que o Governo irá ter o mesmo desempenho com ou sem Centeno, é de notar uma diferença nos resultados face a uma pergunta anterior em que os inquiridos eram questionados sobre se o Executivo iria ser melhor nesta legislatura face à anterior.


Como nota a Intercampus, face a essa pergunta, os resultados sobre a questão da saída de Mário Centeno mostram uma maior percentagem dos que acham que governaria pior e uma menor percentagem que acha que governaria melhor. Ou seja, a saída do ministro das Finanças agrava as perspetivas dos mesmos inquiridos sobre o desempenho do segundo Governo de Costa.


Esta saída é dada como cada vez mais certa, mas não é garantida. O próprio tem feito tabu do tema, assegurando que está focado no OE 2020 mas sem negar totalmente a possibilidade de sair. Em setembro, em entrevista ao Negócios, o ministro das Finanças garantiu que quer terminar o mandato como presidente do Eurogrupo, que acaba no primeiro semestre de 2020. 


Há duas semanas, o Expresso noticiou que Mário Centeno tem apoios em Bruxelas caso queira ter um segundo mandato como presidente do Eurogrupo. Contudo, ao mesmo jornal, numa entrevista publicada no sábado, 21 de dezembro, o ministro disse que um segundo mandato não é algo que tenha "equacionado" e, ao mesmo tempo, deixou em aberto uma possível saída direta do Ministério das Finanças para o Banco de Portugal.


"Não vejo nenhum conflito de interesses", disse, referindo-se a essa transição para governador do Banco de Portugal. A nomeação para este cargo é feita pelo Governo, em Conselho de Ministros, através de uma proposta do Ministério das Finanças (atualmente liderado por Centeno). O nomeado é submetido a uma audição na Assembleia da República, mas os deputados não têm poder de veto.


O mandato do atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, termina em junho de 2020, a mesma altura em que terminará o mandato de Mário Centeno à frente do Eurogrupo.

 

 

 

Ficha Técnica

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas.

Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental.

Amostra: A amostra é constituída por 606 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Sexo (290 homens e 316 mulheres), por idade (132 entre os 18 e os 34 anos; 219 entre os 35 e os 54 anos; e 255 com mais de 55 anos) e região (230 no Norte, 142 no Centro, 163 em Lisboa, 45 no Alentejo e 26 no Algarve).

Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram envolvidos 19 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 12 e 17 de Dezembro.

Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing).  O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram envolvidos 19 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 12 e 17 de Dezembro. 

Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4,0%.

Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 64,7%.

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