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Dívida pública encolhe para 126,7% do PIB no segundo trimestre do ano

O rácio da dívida pública caiu para 126,7% do PIB no segundo trimestre do ano, segundo o Banco de Portugal. Mas a dívida das administrações públicas voltou a atingir um novo recorde em junho, sendo esta a sexta subida consecutiva desde o início do ano.

Os portugueses têm um recorde de 177,1 mil milhões de euros parados nos bancos. Rendiam uma média de 0,04% em abril, o que compara com uma inflação superior a 7% nesse mês.
Rafael Marchante/Reuters
01 de Agosto de 2022 às 11:31
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A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas), encolheu para 126,7% do produto interno bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. O rácio da dívida aproxima-se assim das metas do Governo, que quer reduzir o peso da dívida no PIB.

"No segundo trimestre do ano, a dívida pública totalizava 126,7% do PIB, o que representa uma diminuição de 0,3 pontos percentuais relativamente ao final do trimestre anterior", indica a instituição liderada por Mário Centeno.


A explicar este descida do rácio da dívida estão os efeitos de arrastamento (carry-over) do crescimento pós-pandemia registado em 2021 e no primeiro trimestre deste ano, apesar de a economia ter contraído ligeiramente 0,2% entre abril e junho, face aos três meses anteriores.

A expectativa do Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, é conseguir reduzir a dívida pública para 120,7% do PIB este ano, de forma a "tirar portugal do grupo das economias com maior dívida pública na Europa" e, até 2026, conta que a dívida pública passe a ser de 101,9% do PIB.

Porém, no mês de junho, a dívida pública aumentou 0,2 mil milhões de euros para um novo valor recorde: 280,6 mil milhões de euros. Esta é a sexta subida consecutiva da dívida pública desde o início do ano.


Segundo o Banco de Portugal, esta subida "refletiu, essencialmente, as emissões de títulos de dívida, que superaram as amortizações em 0,5 mil milhões de euros". "Em sentido contrário, as responsabilidades em depósitos e em empréstimos diminuíram, respetivamente, 0,2 e 0,1 mil milhões de euros", indica. 

Já os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,4 mil milhões de euros. Sem contar com esses depósitos, a dívida pública diminuiu 2,2 mil milhões de euros, para 252,5 mil milhões de euros.

(notícia atualizada às 11h42)
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