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DBRS: Portugal está melhor preparado para enfrentar a crise

A agência de notação financeira dá três razões para justificar a perspetiva mais positiva para contas públicas de Portugal face à última crise.

Aos deputados, João Leão não exclui a possibilidade de um retificativo, mas diz que não está previsto agora.
Tiago Petinga/Lusa
30 de Julho de 2020 às 10:06
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As finanças públicas portuguesas estão melhor preparadas para enfrentar o choque da crise sanitária da covid-19 do que estavam quando o país enfrentou a anterior crise da dívida.

A conclusão é da DBRS, com a agência de notação financeira do Canadá a avançar com três razões para ter esta visão mais benigna.

A DBRS aponta que Portugal chegou esta crise com as contas públicas equilibradas, com o défice orçamental e estrutural perto de zero e um excedente primário.

Em segundo lugar, a agência salienta que, "apesar de incertos, parecem mais moderados" os riscos de elevados montantes de dívida serem assumidos pelo Estado. Tal deve-se a um regime orçamental "mais transparente e melhor controlado".

Por fim, em terceiro lugar a agência sublinha que o custo de financiamento da dívida "é agora favorável face à última crise, mesmo que o stock da dívida seja agora mais elevado".

A DBRS estima que a dívida pública em Portugal volte a superar 130% do PIB em 2020, ficando acima do pico atingido em 2014.

A agência de notação, que durante a crise da dívida nunca colocou o "rating" de Portugal no "lixo", diz que nesta crise o principal risco está no vírus, nomeadamente no que diz respeito "à natureza e duração da crise sanitária e económica".

A DBRS acredita que a economia portuguesa pode "rapidamente regressar à anterior capacidade assim que a pandemia acabar".

"Quanto mais longo e doloroso for o choque económico, mais persistente será a pressão sobre as contas públicas", diz Jason Graffam, vice-presidente de ratings soberanos da DBRS Morningstar, aguardando que "Portugal continue comprometido com uma política orçamental prudente".

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