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Custos do trabalho subiram 2,5% em 2017
O custo despendido pelos patrões com cada hora trabalhada pelos seus empregados subiu 2,5% no ano passado. A subida foi bastante mais pronunciada no sector público.
O valor despendido pelos patrões com os seus empregados subiu no ano passado. Ao todo, os empregadores gastaram mais 2,5% do que em 2016, um valor que fica a dever-se sobretudo ao comportamento do sector público da economia. Entre os privados, a indústria registou aumentos superiores aos sectores dos serviços e da construção.
Os números foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 14 de Fevereiro, e respeitam ao índice de custos do trabalho, uma métrica que pretende avaliar a evolução dos custos do trabalho por hora efectivamente trabalhada (calcula-se dividindo o custo médio por trabalhador pelo número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador), abrangendo tanto os salários como remunerações acessórias e indemnizações por despedimento.
À luz dos dados mais recentes, no quarto trimestre de 2017 o índice de custos do trabalho global da economia avançou 4,7% quando comparado com o registado no quarto trimestre de 2016. Na origem desta subida está, sobretudo, o sector público, com um aumento na ordem dos 10,5%, cerca de quatro vezes mais do que o registado pelo sector privado, onde o avanço se ficou pelos 2,5%.
Olhando para o conjunto do ano de 2017, o índice avançou globalmente 2,5%, com o sector público a representar um avanço de 3,6% e o privado de 1,7% face a 2016.
O INE não avança com explicações para a subida tão pronunciada do indicador no sector público, mas ele poderá ter ficado a dever-se à reposição das 35 horas semanais na maioria dos serviços Estado, o que encarece o custo de cada hora de trabalho.
No sector privado, os aumentos mais pronunciados fizeram-se na indústria, com o índice a avançar 2,5% em 2017 face a 2016. Nos serviços o índice aumentou 1,4% ao passo que na construção o aumento se ficou pelos 0,7%.