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Carlos Costa: Saída credível do programa exige compromisso

Se não tivermos contas públicas equilibradas os mercados duvidam, alertou o governador do Banco de Portugal na apresentação do livro “A economia portuguesa na União Europeia: 1986-2010”.

Bruno Simão/Negócios
27 de Março de 2014 às 20:20
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Se não tivermos contas públicas equilibradas os mercados duvidam, afirmou Carlos Costa. O governador do Banco de Portugal salientou que, além de termos de convencer os mercados a financiar-nos e de que a trajectória das finanças públicas é consistente com o crescimento económico, temos de cumprir as regras europeias.

 

Uma saída credível do programa de ajustamento exige um compromisso de trajectória da dívida pública, de evolução do saldo orçamental e da despesa pública, sublinhou Carlos Costa.

 

O governador do Banco de Portugal salientou que nem todas as trajectórias das finanças públicas têm o mesmo mérito em termos de crescimento e por isso, considerou, não podemos pensar numa trajectória que não passe por contenção da despesa nominal dada a elevada tributação.

 

Carlos Costa sublinhou ainda que uma “política de finanças públicas de rigor não significa ausência de crescimento.”

 

“O bem-estar vai aumentar em função do que fizermos nos transaccionáveis”, afirmou.

 

“A dívida pública portuguesa é sustentável mas exige medidas de consolidação orçamental adicionais”, salientou o responsável.

 

Quanto mais credível for a consolidação orçamental mais fácil se torna o ajustamento. A credibilidade compensa, sublinhou.

 

No que respeita ao crescimento da economia, Carlos Costa, defendeu que “temos de investir em novos sectores e introduzir uma inovação radical” o que significa produzir novos produtos.

 

Temos de atrair investimento estrangeiro, disse o responsável.

 

No investimento público temos introduzir a avaliação pelo retorno. “Decidir por critério de eficiência económica e não de outra natureza que não vou qualificar”, rematou.

 

“A economia portuguesa na União Europeia: 1986-2010” é o resultado em livro da investigação de economistas e sociólogos de quatro universidades e vai ser lançado hoje na Ordem dos Economistas com o encerramento a cargo do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

 

O objectivo é compreender melhor o desempenho da economia portuguesa durante os primeiros 25 anos de adesão à União Europeia. Com cerca de 500 páginas, o livro “A economia portuguesa na União Europeia: 1986-2010” é o resultado de um trabalho de investigação desenvolvido entre 2010 e 2012 por quatro centros de investigação em Economia de quatro universidades, do Porto, do Minho, de Lisboa e Coimbra.

 

Com prefácio do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa,  o livro revisita o passado recente partindo-o em seis partes: o Desempenho Macroeconómico, a Internacionalização, o Mercado de Trabalho as instituições e a Competitividade, a Educação, Economia e Capital Humano, as Políticas Sociais e o Ambiente e Território.

 

(Notícia actualizada às 20h33 com mais declarações)

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