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“A Europa e o mundo estão de olhos postos em nós”

Passos Coelho considera que a forma como Portugal e Irlanda conseguirem cumprir e fechar os programas de assistência poderá ser determinante para criar uma arquitectura mais solidária no seio do euro.

Bruno Simão/Negócios
29 de Abril de 2013 às 20:06
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O êxito de Portugal e da Irlanda na conclusão dos programas de ajustamento a que estão submetidos pode ser um "contributo decisivo" para uma arquitectura institucional mais solidária no seio do euro, defendeu esta segunda-feira o primeiro-ministro português.

 

"A Europa toda, bem como o mundo, estão com os olhos postos na forma como conseguimos cumprir e fechar esses programas", disse Pedro Passos Coelho numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo irlandês, Enda Kenny.

 

Para o primeiro-ministro português, o êxito dos dois países no cumprimento dos programas de ajustamento pode ser "uma ponte muito importante entre diversas perspectivas" quanto ao futuro da moeda comum e da própria União Europeia. "A maneira como conseguirmos fechar estes programas pode ser muito importante para criar um novo impulso e uma nova coesão e solidariedade no quadro europeu", acrescentou.

 

Enda Kenny, cujo país assegura neste semestre a presidência rotativa do conselho europeu, elogiou a "grande paciência" com que o povo de Portugal, como o da Irlanda, suportaram as consequências de "decisões muito difíceis". "As pessoas são práticas e pragmáticas e compreendem que têm de ser tomadas decisões difíceis para corrigir a situação dos países", disse.

 

Kenny e Passos Coelho repetiram ambos, por outro lado, a importância de um acordo com o Parlamento Europeu sobre o orçamento europeu. O primeiro-ministro irlandês afirmou esperar que um tal acordo seja fechado nas semanas que faltam para terminar a presidência (semestral) irlandesa e destacou a importância do quadro financeiro plurianual para a criação de emprego, designadamente emprego jovem.

 

Ambos os chefes de governo frisaram também, mais uma vez, a necessidade de se avançar na aplicação das decisões já tomadas pelo Conselho Europeu para a criação de uma união bancária.

 

“É muito importante que conclusões já anunciadas possam ser efectivas dentro do calendário que foi previamente estabelecido”, afirmou Passos Coelho, sublinhando que o estabelecimento de uma supervisão bancária comum, centralizada no BCE e prevista para meados de 2014, é um primeiro passo essencial para travar a fragmentação no crédito que tem penalizado “de forma muito especial as PME dos mais periféricos” para quem o financiamento se tornou “mais raro e mais caro”.

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