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Economia da Zona Euro recupera em Outubro

A estimativa rápida do índice PMI da Markit Economics para Zona Euro mostram que, em Outubro, a economia acelerou o ritmo de crescimento. A produção quer da indústria quer dos serviços acelerou, indicando “uma recuperação de base ampla”.

Bloomberg
23 de Outubro de 2015 às 10:10
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O índice composto de gestores de compras (PMI) da Markit Economics para a Zona Euro subiu para os 54 pontos em Outubro, de acordo com a leitura rápida, revelada esta sexta-feira, 23 de Outubro. Este valor surge depois de, em Setembro, este indicador ter tocado num mínimo de quatro meses e fixado-se nos 53,6 pontos.

A Markit Economics revela que a produção quer no sector dos serviços quer no sector da indústria cresceu, indicando "uma recuperação de base ampla". O comunicado aponta ainda que o segmento dos serviços registou uma aceleração do ritmo de crescimento ligeira e a produção industrial "mostrou a subida mais pequena em cinco meses". O crescimento de novos negócios subiu tendo atingido um máximo de seis meses.

"Sinais de uma forte procura e de uma maior expectativa de trabalhos futuros encorajaram as empresas a contratarem mais pessoas, conduzindo a um crescimento do emprego ligeiramente depois do abrandamento verificado em Setembro. Contudo, enquanto a criação de postos de trabalho atingiu um máximo de cinco meses nos serviços, [a criação de emprego] diminuiu para um mínimo de oito meses na indústria, frequentemente relacionado com o facto de as empresas procurarem ganhos de produtividade de forma a impulsionar a competitividade", pode ler-se no comunicado.

Para Chris Williamson, economista-chefe da Markit, estes dados do índice PMI mostram que "a economia da Zona Euro ganhou impulso em Outubro". Ainda assim, este índice continua "num nível que sinaliza um crescimento trimestral modesto de 0,4% do PIB, sinalizando que a região vai ter de esforçar-se mais para atingir o crescimento de 1,5% em 2015".

"A menos que a actividade económica e o índice de preços suba significativamente nos próximos meses, a combinação de um crescimento relativamente fraco e deflação assinalado pelos inquéritos vão impulsionar as expectativas que o BCE vai intensificar o seu programa de quantitative easing no encontro de Dezembro", refere o economista-chefe da Markit.

Esta quinta-feira, 22 de Outubro, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE) revelou que a autoridade monetária está a ponderar avançar com mais medidas de estímulo à economia. Mario Draghi  apontou esta quinta-feira que "não estamos numa situação de esperar para ver, mas de trabalhar e avaliar". O líder da autoridade monetária resumiu assim o momento dentro do banco central, após a reunião de governadores que decorreu em Malta, da qual a principal decisão foi a de mandatar as equipas técnicas do BCE para estudarem todas as medidas de estímulo monetário possíveis.

 

Medidas que incluem baixar as taxas de juro de depósito cobradas aos bancos, mas também a alteração na dimensão, composição, e ritmo de aquisições do actual programa de compara de activos, através do qual o BCE está a comprar cerca de 60 mil milhões de euros de activos por mês.

 

"A intensidade e persistência dos factores que estão a atrasar o regresso da inflação a níveis abaixo, mas próximos de 2% no médio prazo requerem uma análise profunda", afirmou o presidente do BCE, acrescentando que "neste contexto, o nível de acomodação da política monetária terá de ser reavaliado na reunião de política monetária de Dezembro".

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