Notícia
Seria "muito bom" Centeno concorrer a novo mandato no Eurogrupo, diz Gentiloni
O comissário europeu da Economia, representante do executivo comunitário nas discussões do Eurogrupo sobre a resposta à crise gerada pela pandemia, afirma "valorizar bastante" a liderança de Mário Centeno naquele fórum de ministros das Finanças, nomeadamente após "longas discussões".
06 de Maio de 2020 às 19:11
"Valorizo bastante o que Mário Centeno está a fazer. Ele é um presidente [do Eurogrupo] muito bom, pelo que se ele quiser concorrer a um segundo mandato -- não sei se ele quer -- seria muito bom", afirmou hoje à agência Lusa, em Bruxelas, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.
Em entrevista à Lusa e a outros três órgãos de comunicação social europeus -- realizada no dia em que a Comissão Europeia disse esperar que a economia da zona euro conheça este ano uma contração recorde de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) resultante da pandemia --, o comissário europeu recordou a recente 'maratona' negocial no Eurogrupo.
"Foi muito complicada a tarefa de Mário Centeno na reunião do Eurogrupo [...] que durou 16 horas. Foi, talvez, a maior reunião a que já assisti na minha carreira política, pelo menos a mais longa realizada de forma contínua", referiu Paolo Gentiloni.
Para o responsável italiano, perante "uma discussão tão longa", o facto de "se ter chegado a uma boa conclusão foi, obviamente, resultado da boa vontade de vários ministros das Finanças, mas também da condução [dos trabalhos] feita por Mário Centeno".
Há cerca de um mês, numa 'maratona' negocial do Eurogrupo que decorreu por três dias e alargada aos países que não fazem parte do espaço da moeda única, os responsáveis pelas Finanças comunitárias chegaram a acordo sobre um "pacote de dimensões sem precedentes" para fazer face à crise provocada pela pandemia da covid-19, que inclui "redes de segurança" para trabalhadores, empresas e Estados-membros e ascende a 540 mil milhões de euros.
As três "redes de segurança" acordadas na altura pelo Eurogrupo centraram-se numa linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade, através da qual os Estados-membros podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da covid-19, num fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento para empresas em dificuldades, e no programa 'Sure' para salvaguardar postos de trabalho através de esquemas de desemprego temporário.
O Eurogrupo acordou, ainda, a criação de um fundo de recuperação após a crise gerada pela covid-19, mas pediu aos líderes europeus para decidirem o financiamento mais apropriado.
Entretanto, numa cimeira realizada por videoconferência no final de abril, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia encarregaram a Comissão Europeia de apresentar uma proposta de um fundo de recuperação económica, para superar a crise provocada pela pandemia.
E é nisso que o executivo comunitário está a "trabalhar arduamente", devendo apresentá-lo "seguramente nas próximas semanas", garantiu Paolo Gentiloni, sem se comprometer com uma data específica.
Eleito em 04 dezembro de 2017 para suceder ao holandês Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo, Mário Centeno iniciou o seu mandato de dois anos e meio em 12 de janeiro de 2018, não tendo ainda revelado se tenciona candidatar-se a um segundo mandato.
Em entrevista à Lusa e a outros três órgãos de comunicação social europeus -- realizada no dia em que a Comissão Europeia disse esperar que a economia da zona euro conheça este ano uma contração recorde de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) resultante da pandemia --, o comissário europeu recordou a recente 'maratona' negocial no Eurogrupo.
Para o responsável italiano, perante "uma discussão tão longa", o facto de "se ter chegado a uma boa conclusão foi, obviamente, resultado da boa vontade de vários ministros das Finanças, mas também da condução [dos trabalhos] feita por Mário Centeno".
Há cerca de um mês, numa 'maratona' negocial do Eurogrupo que decorreu por três dias e alargada aos países que não fazem parte do espaço da moeda única, os responsáveis pelas Finanças comunitárias chegaram a acordo sobre um "pacote de dimensões sem precedentes" para fazer face à crise provocada pela pandemia da covid-19, que inclui "redes de segurança" para trabalhadores, empresas e Estados-membros e ascende a 540 mil milhões de euros.
As três "redes de segurança" acordadas na altura pelo Eurogrupo centraram-se numa linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade, através da qual os Estados-membros podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da covid-19, num fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento para empresas em dificuldades, e no programa 'Sure' para salvaguardar postos de trabalho através de esquemas de desemprego temporário.
O Eurogrupo acordou, ainda, a criação de um fundo de recuperação após a crise gerada pela covid-19, mas pediu aos líderes europeus para decidirem o financiamento mais apropriado.
Entretanto, numa cimeira realizada por videoconferência no final de abril, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia encarregaram a Comissão Europeia de apresentar uma proposta de um fundo de recuperação económica, para superar a crise provocada pela pandemia.
E é nisso que o executivo comunitário está a "trabalhar arduamente", devendo apresentá-lo "seguramente nas próximas semanas", garantiu Paolo Gentiloni, sem se comprometer com uma data específica.
Eleito em 04 dezembro de 2017 para suceder ao holandês Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo, Mário Centeno iniciou o seu mandato de dois anos e meio em 12 de janeiro de 2018, não tendo ainda revelado se tenciona candidatar-se a um segundo mandato.