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Schäuble: Bancos centrais podem ter gerado "bolhas" na China

O excesso de liquidez provocado nestes anos de taxas de juro virtualmente nulas terá ajudado à emergência de bolhas especulativas e ajudará também a explicar as turbulências nas bolsas chinesas, diz ministro alemão.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Janeiro de 2016 às 15:21
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O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, considera que o excesso de liquidez provocado pelas decisões dos principais bancos centrais de manter durante os últimos anos as taxas de juro virtualmente nulas terá ajudado à emergência de bolhas especulativas e, nesse sentido, ajudará também a explicar as turbulências que têm sido observadas nas bolsas chinesas.

"É claro que temos uma certa tendência para o exagero nos mercados financeiros e especialmente nos mercados accionistas que foi alimentada pelas decisões dos últimos anos dos bancos centrais". "O risco prende-se com a ocorrência de bolhas (especulativas) e por isso o nervosismo relativamente alto, que está a materializar-se agora na China", afirmou.


Falando esta quinta-feira, 14 de Janeiro, em Bruxelas à chegada ao encontro mensal dos ministros das Finanças do euro (Eurogrupo), Schäuble disse acreditar que a dinâmica de recuperação da economia europeia e alemã não seja perturbada, mas admitiu que "há margem para algum nervosismo relativamente ao quadro internacional" e que "a situação em muitos países está a levar as instituições internacionais a adoptar uma postura de prudência".


De acordo com dados hoje divulgados pelo instituto alemão de estatística, a maior economia europeia cresceu 1,7% em 2015, depois de ter avançado 1,6% no ano anterior, antecipando o governo (que elabora o Orçamento com base em previsões feitas por institutos independentes) que o PIB volte a acelerar para 1,8% ao longo deste ano.

 

É preciso mais dinheiro para estabilizar Médio Oriente

Falando sobre o impacto da chegada de mais de um milhão de refugiados à Alemanha, o ministro confirmou que metade do excedente orçamental do ano passado será aplicado no reforço do financiamento dos programas de acolhimento, e apelou à União Europeia e aos Governos dos seus países para reforçar também o apoio financeiro destinado a estabilizar a região em torno da Síria.

"Este não é um problema alemão, é um problema da Europa. Estamos a defender a Europa quando falamos nele", disse, citado pela Bloomberg, antes de pedir um aumento, em três mil milhões de euros, dos programas europeus destinados a apoiar os refugiados. "Se não houver disponibilidade no Orçamento da União Europeia, os países que o tiverem devem formar uma ‘coligação de vontades’", sugeriu ainda.

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