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Merkel quer manter Schäuble como ministro das Finanças

Se for reeleita a 24 de Setembro, a chanceler alemã deverá manter o seu braço direito no Governo, que está no cargo desde 2009.

16 de Abril – Schäuble em entrevista à Bloomberg TV
“Temos responsabilidades para com a Grécia e não vamos desconsiderar essa solidariedade. Está tudo nas mãos da Grécia”.
13 de Setembro de 2017 às 10:13
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Angela Merkel deverá manter Wolfgang Schäuble no cargo de ministro das Finanças da maior economia europeia, caso seja reeleita nas eleições do final deste mês, avança a Bloomberg esta quarta-feira, 13 de Setembro, citando fontes próximas do Executivo alemão.

De acordo com a agência noticiosa, Schäuble já sinalizou o seu interesse em permanecer com a pasta das Finanças, e a chanceler alemã estará disposta a pagar um preço político mais elevado para manter o seu braço direito no Governo. Ainda assim, a nomeação do governante dependerá sempre de negociações dentro da coligação, após as eleições.

No cargo desde 2009, o político de 75 anos é visto como uma das figuras mais poderosas do euro e um dos rostos da disciplina orçamental no bloco.

"Wolfgang Schäuble é um político de alma e coração e um homem com sentido de dever", afirma Hans-Peter Repnik, antigo político da CDU.

Ainda que as sondagens revelem que a coligação encabeçada pela CDU de Merkel está no bom caminho para vencer as eleições de 24 de Setembro, a formação do governo exigirá negociações entre os partidos.  

A Bloomberg adianta que, a menos de duas semanas das eleições, o futuro de Schäuble é alvo de um intenso debate em Berlim, na medida em que influenciará políticas ao nível da Zona Euro, as relações entre França e a Alemanha e até a força da chanceler ao nível interno.

"Se Merkel se envolver numa maior integração da Zona Euro, Schäuble seria um forte aliado neste debate", refere Jacob Funk Kirkegaard, do Peterson Institute for International Economics, citado pela agência noticiosa.

"Com Schäuble a bordo, seria mais fácil para Merkel chegar a um acordo com Macron. Ninguém na Alemanha tem um histórico tão longo de políticas pró-europeias", acrescenta Kirkegaard. 

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