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Macron pede aos governos locais poupança de 13 mil milhões de euros

O presidente francês vai pedir às autarquias que contribuam para o esforço nacional de redução do défice com poupanças de 13 mil milhões até 2022.

Reuters
17 de Julho de 2017 às 18:54
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O presidente francês Emmanuel Macron anunciou esta segunda-feira, 17 de Julho, que o Estado vai pedir aos governos locais poupanças na ordem dos 13 mil milhões de euros até 2022 para ajudar a reduzir o défice.

"É uma poupança maior do que planeávamos, mas representa a parte dos governos locais na despesa pública", afirmou o presidente num discurso em Paris, citado pela Bloomberg. "Em França, a despesa pública é muito elevada, tal como os impostos".

Macron pede assim às autarquias que contribuam para o esforço nacional de redução do défice, que deverá ser superior ao esperado em 2017, e sem sinais de desaceleração.

Em Maio, a Comissão Europeia avisou que França deverá falhar o objectivo de baixar o défice para menos de 3% do PIB este ano, e que, sem uma alteração das políticas, o défice deverá fixar-se em 3,2% em 2018.

Macron, que venceu as eleições em Maio com a promessa de cortar o défice, e reformar o mercado laboral e o sistema de pensões, prepara-se agora para anunciar uma estratégia orçamental plurianual e mudanças na lei laboral até ao final de Setembro.

FMI apoia esforços de Macron

A sua estratégia para reformar o mercado de trabalho e para cortar o défice mereceu o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a considera "ousada e abrangente".

"Consideramos que é o momento certo para um pacote de reformas tão ousado e abrangente", afirmou Christian Mumssen, chefe da missão do FMI, que se reuniu com membros do Governo francês, incluindo o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, e alguns empresários do país nas últimas semanas. "Ficámos bastante impressionados com a nova energia e o optimismo".

Segundo a Bloomberg, embora o apoio do FMI a uma agenda de reformas tão profunda não seja surpreendente, os elogios tecidos não têm precedentes para qualquer governo francês nos últimos anos.

"A ênfase do governo na redução dos gastos públicos é apropriada, e não só é necessária para reduzir gradualmente o défice e a dívida pública, como também cria espaço para um alívio dos impostos", acrescentou Mumssen. O programa de Macron é "ambicioso, abrangente e equilibrado", podendo representar um bom progresso na capacidade do país de enfrentar os desafios económicos de longo prazo, de "elevado desemprego e desequilíbrios orçamentais".

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