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Hollande agradece aos contribuintes franceses pelos impostos pagos

O socialista agradeceu aos cidadãos franceses, em especial aos mais ricos, pelos impostos que pagam ao país, sublinhando o esforço feito pelos contribuintes para cumprirem com as obrigações fiscais. Hollande prometeu ainda tentar evitar uma nova sobrecarga fiscal sobre os contribuintes.

17 de Maio de 2013 às 10:36
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“Pedimos muito aos franceses em 2012 e 2013. Tem sido duro”, afirmou esta quinta-feira, 16 de Maio, François Hollande, a propósito do seu primeiro ano como presidente de França. “Quero agradecer os esforços dos contribuintes, incluindo os mais ricos, porque temos pedido muito ao povo francês”, acrescentou, cita a Bloomberg.

 

Com a popularidade em níveis mínimos, o país em recessão técnica e o desemprego em máximos históricos, Hollande tem encetado esforços para não perder o apoio para o seu programa socialista, que pode incluir, como referiu ontem o presidente francês, o aumento da idade da reforma e mais cortes na despesa pública.

 

As declarações do socialista francês sublinham a tentativa de uma reaproximação às classes empresariais – por altura da sua campanha eleitoral, Hollande disse que as finanças eram o seu “grande adversário” e que “não gostava” dos mais ricos -, através do combate ao desemprego, do estímulo ao investimento e competitividade de França.

 

O plano inicial do presidente francês de taxar a 75% os rendimentos acima de um milhão de euros foi anulado pelos tribunais franceses. Contudo, Hollande mantém a intenção de taxar a 75% os salários anuais acima desse valor, tendo começado já por taxar as propriedades imobiliárias dos cidadãos mais ricos.

 

“Quanto mais cortes na despesa pública conseguirmos implementar, menos terão de subir os impostos”, sublinhou Hollande. “O ideal seria não aumentar o imposto sobre os imóveis em 2014”.

 

Durante a conferência de imprensa de mais de duas horas e meia no Eliseu, o presidente francês apontou a reforma do sistema de pensões e os estímulos aos investimento, tanto a nível europeu, como a nível nacional, como as prioridades para o segundo ano do seu mandato.

 

Hollande falou ainda da relação com a Alemanha e Angela Merkel, referindo que a liderança franco-germânica da Europa requer um compromisso maior. “Conseguimos sempre demonstrar a nossa razão à senhora Merkel, mesmo que isso leve tempo”, apontou o presidente. “Obviamente que preferia que fossemos mais rápidos [no alívio das medidas de austeridade], acrescentou, sublinhando que “Merkel está ciente de que os alemães já fizeram grandes esforços e não podem ser chamados a pagar pela dívida dos outros”.

 

Quanto à possibilidade do Reino Unido deixar a zona comum, Hollande afirmou que gostaria que o país continuasse na União Europeia. Sublinhou, porém, que a união já existia muito antes de o Reino Unido aderir em 1973 e que a sua prioridade é a Zona Euro, da qual o Reino Unido não é membro.

 

Hollande teve oportunidade para falar ainda sobre os seus projectos para a Europa, defendendo que a zona da moeda única deveria ter o seu próprio “governo económico” e a possibilidade “gradual” de emitir dívida.

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