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França vai falhar metas do défice devido a gastos na luta contra o terrorismo

O primeiro-ministro francês afirmou que a França vai falhar os compromissos europeus de redução do défice público, uma vez que irá ter gastos extraordinários com o reforço de meios humanos e materiais na luta anti-terrorista.

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Hollande Signals Security Measures Will Swell Deficit
17 de Novembro de 2015 às 09:54
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Questionado numa entrevista de radio à estação France Inter sobre se irá respeitar os limites do défice acordados com os seus parceiros europeus, Manuel Valls respondeu que "forçosamente estes serão superados" devido às novas exigências para garantir a ordem e a segurança no país depois dos atentados de sexta-feira em Paris.

 

"A Europa vai compreender. É hora de a União Europeia e a Comissão Europeia entenderem que esta é uma luta que não é apenas de França, mas de toda a Europa", referiu o primeiro-ministro francês.

 

A este respeito, Valls sinalizou também que a intervenção francesa no Mali para impedir que os jihadistas tomem o poder nesse país foi feita pela França mas também pela Europa e por isso a "união Europeia deve ajudar a França".

 

Manuel Valls insistiu ainda na mensagem de que fazem falta "fronteiras seguras" na Europa contra o terrorismo e o tráfico de armas.

 

Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, disse esta terça-feira que a França não será alvo de penalizações caso venha a falhar as metas do défice por aumentar os gastos em defesa para combater o terrorismo.


O antigo ministro das Finanças francês afirma que as regras orçamentais na Europa "não são rígidas, nem estúpidas". "É neste espírito que temos tido conversações com o Governo francês", reforçou.    

O Presidente francês, François Hollande, anunciou na segunda-feira que irá criar 5.000 novos lugares nas polícias nos próximos dois anos, assim como 2.500 novos postos de trabalho no Ministério da Justiça (na sua maioria vigilantes e guardas prisionais) e outros 1.000 na vigilância das fronteiras.

A Europa vai compreender. É hora de a União Europeia e a Comissão Europeia entenderem que esta é uma luta que não é apenas de França, mas de toda a Europa
Manuel Valls

 

Hollande reconheceu que estas medidas implicarão novos gastos e referiu que, "nas atuais circunstâncias, o pacto de segurança está em cima do Pacto de Estabilidade".

 

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.

 

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".

(notícia actualizada às 14:10 com declarações do comissário Pierre Moscovici) 

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