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Depósitos na banca grega caem para mínimos de 11 anos
Receios da população levam a uma corrida aos depósitos na Grécia. Em Abril saíram 5,6 mil milhões de euros em depósitos do sistema financeiro.
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Os receios da população grega, em relação ao futuro, estão a provocar uma corrida aos depósitos. De acordo com o The Guardian, que cita dados oficiais divulgados esta sexta-feira, 29 de Maio, pelo Banco Central Europeu, os depósitos caíram para 139,4 mil milhões de euros em Abril, face aos 145 mil milhões de euros registados no mês anterior. Assim, em apenas um mês saiu do sistema financeiro helénico 5,6 mil milhões de euros.
O valor registado em Abril é o mais baixo desde 2004, o que significa que o valor dos depósitos está em mínimos de 11 anos, escreve o jornal britânico.
A situação financeira da Grécia tem vindo a deteriorar-se com o passar das semanas. Os cofres de Atenas estarão praticamente vazios, o que já levou o ministro do Interior grego a admitir a possibilidade de a Grécia não pagar ao FMI o empréstimo de 1.600 milhões de euros que vence em Junho.
Esta quarta-feira, 27 de Maio, surgiram notícias contraditórias em relação a um princípio de acordo entre Atenas e os credores internacionais. A Reuters noticiou que a Grécia e os credores tinham chegado a um princípio de acordo que não incluía mais cortes nas pensões e nos salários.
O próprio primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, adiantou que os detalhes do acordo seriam apresentados "em breve", apesar de ainda existirem "divergências" entre as duas partes.
No entanto, pouco depois de ter surgido esta notícia, Bruxelas fez saber que ainda não está a ser desenhado um acordo final. E ontem, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que a saída da Grécia do euro é "uma possibilidade".