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Crescimento da atividade económica na Zona Euro atinge máximos de três meses

O crescimento da atividade económica na Zona Euro foi mais forte do que o esperado, em fevereiro, com as melhorias no setor dos serviços a compensarem a quebra na indústria.

Bloomberg
05 de Março de 2019 às 10:23
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Segundo os dados revelados esta terça-feira, 5 de março, pela IHS Markit, o índice PMI compósito (que mede a evolução dos serviços e da indústria) na Zona Euro, subiu de 51 pontos, em janeiro, para 51,9 pontos, em fevereiro, um valor acima da primeira estimativa, que apontava para 51,4 pontos, e o mais alto dos últimos três meses. Neste índice, leituras assim de 50 pontos indicam expansão, ao passo que leituras abaixo desse patamar sinalizam uma contração.

"O PMI final de fevereiro indicou um desempenho ligeiramente melhor em comparação com a primeira estimativa, e com os números de janeiro, em parte devido ao menor impacto de fatores extraordinários como os protestos dos coletes amarelos em França e as novas regras de emissões do setor automóvel", afirma o economista-chefe da IHS Markit Chris Williamson.

O responsável acrescenta, contudo, que houve contrariedades que "continuaram a restringir cada vez mais a atividade empresarial", incluindo a desaceleração do crescimento económico global, o aumento das preocupações geopolíticas, guerras comerciais, o Brexit e o aperto das condições financeiras.

Os dados revelados pela IHS Markit mostram que as "tendências subjacentes da atividade" fortaleceram-se, de uma forma geral, em toda a região durante o mês de fevereiro, com exceção de Espanha, onde o crescimento abrandou ligeiramente em comparação com janeiro.

Este organismo nota, porém, que as "tendências discrepantes" também persistiram, com a Irlanda a crescer de forma sólida, em contraste com Itália, que continuou a contrair. França registou um crescimento quase nulo, com o PMI compósito a fixar-se nos 50,4 pontos, enquanto na Alemanha o PMI foi de 52,8 pontos, um máximo de quatro meses.

Da mesma forma, persistiu a divergência entre os desempenhos dos setores da indústria e dos serviços. Por um lado, as contínuas tensões comerciais, a fraqueza da indústria automóvel e as incertezas políticas continuaram a pesar sobre a procura no setor industrial, com as novas encomendas a registarem a maior descida em quase seis anos. Por outro lado, os serviços registaram um crescimento modesto, mas ainda assim melhor, em comparação com janeiro.

A IHS Markit destaca que os dados apontam para uma ligeira melhoria do crescimento na Zona Euro, de 0,1% em janeiro, para 0,2% em fevereiro, um valor que sinaliza, ainda assim, que a região da moeda única terá dificuldades em superar o crescimento trimestral de 0,2% do quarto trimestre de 2018 nestes primeiros três do ano.

Recorde-se que o PIB da Zona Euro cresceu 0,2% em cadeia, no quarto trimestre de 2018, e 1,2%, em termos homólogos, a subida mais baixa desde 2013.

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