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Confiança económica na Zona Euro em máximos de uma década

A confiança económica na Zona Euro está em máximos de Agosto de 2007, isto numa altura em que o Banco Central Europeu pode estar a preparar-se para reduzir a sua política de estímulos monetários.

Reuters
Negócios 29 de Junho de 2017 às 11:18
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Há praticamente dez anos que a confiança económica nos países do euro não estava tão elevada. O índice do sentimento dos consumidores e dos executivos, publicado pela Comissão Europeia e citado pela Bloomberg, subiu para os 111,1 pontos em Junho, acima dos 109,2 pontos verificados em Maio.

Esta leitura é a mais elevada desde Agosto de 2007, altura em que os Estados Unidos viviam já a crise do subprime, que abriu a porta à crise financeira que começou em 2008. Além disso, a leitura deste índice em Junho ficou acima das estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam que este indicador ficasse nos 109,5 pontos.

Este dado surge numa altura em que o Banco Central Europeu poderá estar a ponderar relaxar a sua política de estímulos monetários. Durante esta semana, o líder da autoridade monetária do euro, Mario Draghi, agitou os mercados, dado que as suas declarações indiciavam uma mudança de discurso, abrindo porta a uma retirada de estímulos monetários. Isto porque Draghi, na sua intervenção de terça-feira, no Fórum BCE em Sintra, acrescentou uma nuance ao seu discurso, que, para muitos investidores, fez toda a diferença.

"As forças deflacionistas foram substituídas por forças reflacionistas. Embora ainda existam factores que estão a pesar na trajectória da inflação, estes são factores principalmente temporários que o banco central pode ignorar no médio prazo", assegurou.

Foi esta a frase que fez soar o alerta nos investidores, que interpretaram esta mensagem como um sinal de que o presidente do BCE estava a abrir a porta a uma retirada dos estímulos.

Dada esta situação, vários elementos da autoridade monetária vieram a público corrigir a interpretação que os mercados fizeram das palavras de Draghi, dando conta que as palavras proferidas por Draghi em Sintra não traziam nada de novo.

Esta correcção de expectativas foi noticiada pela Bloomberg e pelo Financial Times, que citam vários responsáveis não identificados do BCE. Em entrevista à CNBC, o vice-presidente do banco central, Vítor Constâncio, afirmou mesmo que a mensagem deixada por Draghi está em linha com o discurso recente do BCE e que era difícil entender a reacção dos mercados.

Fontes contactadas pela Bloomberg adiantam que o objectivo de Draghi passava por transmitir uma mensagem de optimismo sobre a evolução da economia europeia e também sobre a necessidade de manter os estímulos.

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