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Confiança das famílias em máximos históricos

Famílias e empresas estão mais confiantes na economia. O indicador dos consumidores está mesmo em níveis nunca antes vistos.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Junho de 2017 às 09:37
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Nunca as famílias portuguesas estiveram tão confiantes na economia. Pelo menos é o que revelam os dados divulgados esta quinta-feira, 29 de Junho, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).


O indicador de confiança das famílias subiu para 1,7 pontos, o que representa um salto face ao mês anterior (em que se encontrava nos 0,1 pontos) e é mesmo a leitura mais alta desde que o INE tem dados (Novembro de 1997).

 

A contribuir para esta evolução estiveram quase todos os indicadores analisados. Os consumidores portugueses estão optimistas sobre o que os espera para o próximo ano.

 

O indicador sobre o que esperam para o próximo ano em termos de situação financeira também subiu, para máximos de Abril de 2000. Já as suas perspectivas em relação à economia portuguesa nunca tiveram tão elevadas. No que respeita ao desemprego, os portugueses prevêem também uma melhoria da situação. O único indicador que não melhorou foi o que se refere às poupanças, tendo recuado, o que sugere que os portugueses não prevêem aumentar as suas poupanças no próximo ano, o que até está em linha com os últimos dados. A poupança das famílias recuou para 3,8% do rendimento disponível no primeiro trimestre de 2017, marcando assim o valor mais baixo da série que teve início há 18 anos.

 

Confiança dos empresários em máximos de 2002

 

Os empresários também estão mais confiantes na situação da economia e das suas próprias empresas. O indicador de clima económico, que agrega a percepção dos diferentes sectores, subiu para 2,1 pontos, o que representa o valor mais elevado desde Junho de 2002.

 

E só houve um sector que se revelou menos optimista, ainda que o indicador esteja próximo de máximos de Agosto de 2001. Trata-se dos serviços, cujo indicador de confiança desceu de 14 para 13,5 pontos. A contribuir para esta redução de confiança está a procura nos próximos três meses, bem como a carteira de encomendas dos últimos três meses.

 

Já a confiança entre a indústria transformadora está em níveis de Fevereiro de 2008, enquanto a confiança na construção e obras públicas melhorou para níveis idênticos aos registados em Setembro de 2002. No comércio o indicador está em máximos de Junho de 2001.

Esta melhoria da confiança dos consumidores e dos empresários junta-se assim à de outros agentes. Os dados económicos têm apontado para uma recuperação da economia nacional, o desemprego está a descer e as perspectivas dos economistas são cada vez mais optimistas. O próprio Banco de Portugal reviu as suas estimativas apontando agora para um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2,5%, o que representa o ritmo mais célere de expansão do século.

(Notícia actualizada com mais informação)

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