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Chipre: Eurogrupo confirma reunião extraordinária no domingo

Os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir-se no domingo às 17h00, hora de Lisboa, para tentar delinear um plano de resgate que permita a Chipre evitar a bancarrota, anunciou o presidente do Eurogrupo.

23 de Março de 2013 às 17:16
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“Amanhã, Eurogrupo sobre Chipre”, escreveu o ministro holandês Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, na sua conta na rede social Twitter.

 

“Eurogrupo, amanhã 18h00, hora local, será em Bruxelas”, acrescentou Dijsselbloem num segundo ‘tweet’, confirmando desta forma que a reunião será realizada com a presença dos ministros das Finanças dos 17 países que integram a Zona Euro e não via teleconferência.

 

Esta informação já tinha sido avançada na sexta-feira por fontes comunitárias, mas só agora foi confirmada oficialmente.

 

À margem da reunião do Eurogrupo, está igualmente agendado um encontro entre o Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, e os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

 

O Governo de Nicósia está envolvido numa corrida contra o tempo para concluir, antes de segunda-feira, com os seus parceiros europeus um plano de resgate financeiro, após o Parlamento cipriota ter rejeitado na terça-feira o projecto que previa o pagamento de um imposto sobre depósitos bancários.

 

Na sexta-feira, o Parlamento cipriota aprovou um conjunto de projectos-leis, um dos quais prevê a reestruturação da instituição bancária Laiki Bank.

 

Entre os projectos-lei aprovados, está um que permite a restrição de movimentos de capitais, com o objetivo de evitar a saída de dinheiro.

 

Além da reestruturação do Laiki Bank, foi criado um Fundo Nacional de Solidariedade, ao qual se destinará parte das reservas dos fundos de reformados e do seguro médico dos funcionários públicos.

 

O fundo estará aberto a doações de cidadãos e de empresas privadas, podendo incluir, posteriormente, a oferta da Igreja Ortodoxa cipriota, que se ofereceu para hipotecar as suas propriedades e assim obter recursos para o Estado.

 

O objectivo do projecto, agora conhecido como “plano B”, é reunir os sete mil milhões de euros que exige a troika e credores internacionais para a concessão de um plano de resgate de 10 mil milhões de euros.

 

Chipre deverá garantir esse montante até segunda-feira, a condição imposta pela troika para desbloquear o resgate e sem o qual o Banco Central Europeu (BCE) já ameaçou interromper o envio de liquidez de urgência para os bancos insolúveis, condenando-os na prática à falência.

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