Notícia
Centeno escusa-se a comentar Varoufakis e realça "situação muito positiva" da Grécia
O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, escusou-se a comentar as críticas que lhe foram dirigidas pelo antigo ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, sublinhando antes a "situação muito positiva" da Grécia.
27 de Abril de 2018 às 08:01
À entrada para uma reunião informal do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro, e ao ser questionado sobre as críticas de Varoufakis, que em diversas entrevistas concedidas em Lisboa criticou a política de austeridade que continua a ser imposta à Grécia e acusou o novo presidente do Eurogrupo de "roçar a imoralidade", Centeno escusou-se a fazer comentários.
"Nós estamos centrados na reunião do Eurogrupo hoje, é isso que me traz aqui", limitou-se a dizer.
Na reunião informal de hoje do Eurogrupo, apontou, haverá lugar a "uma discussão sobre a conclusão do programa (grego) mas também sobre a fase pós-programa", num contexto muito favorável já que "a situação grega é uma situação muito positiva" e as autoridades de Atenas estão comprometidas com a conclusão do programa, prevista para o verão.
"Do ponto de vista fiscal, a Grécia tem um desempenho em 2017 muito forte, (com) um saldo primário de 4,2%, duas vezes e meio acima daquilo que o programa previa. Nós vamos hoje debater também a situação pós-programa. O ministro grego (Euclides Tsakalotos) terá oportunidade para apresentar o modelo de crescimento em que tem estado a trabalhar para o pós-programa. É muito importante, eu tenho referido isso, que as autoridades gregas tenham a situação das reformas nas suas mãos. A Grécia está numa situação muito positiva hoje e deve manter-se no futuro", disse.
Poucos dias após ter completado 100 dias à frente do Eurogrupo, Centeno, que iniciou funções em 13 de Janeiro, preside hoje de manhã em Sófia à sua primeira reunião informal do fórum de ministros da Zona Euro - em cada semestre há um encontro neste formato, no país que exerce a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, actualmente a Bulgária -, que tem como principais pontos em agenda a Grécia e a situação da banca na Europa.
Na véspera, Varoufakis, de visita a Lisboa por ocasião das comemorações do 25 de Abril, teceu duras críticas a Centeno, considerando que o ministro das Finanças português é "um instrumento do Eurogrupo" e das políticas de Berlim, sustentou que o facto de defender mais medidas de austeridade à Grécia, que foi o que evitou em Portugal, "roça a imoralidade", e insistiu que a situação no seu país piora diariamente, pelo que é "um insulto" falar em recuperação económica na Grécia.
Após o (curto) encontro do Eurogrupo - de cerca de três horas de duração - tem início a reunião informal de ministros das Finanças do conjunto da União Europeia (Ecofin), que decorrerá até ao início da tarde de sábado, já sob presidência búlgara, e que abordará temas como a política de convergência dentro e fora da área do euro, a União de Mercados de Capitais, o combate à fraude fiscal e a imposição de impostos à economia digital.
"Nós estamos centrados na reunião do Eurogrupo hoje, é isso que me traz aqui", limitou-se a dizer.
"Do ponto de vista fiscal, a Grécia tem um desempenho em 2017 muito forte, (com) um saldo primário de 4,2%, duas vezes e meio acima daquilo que o programa previa. Nós vamos hoje debater também a situação pós-programa. O ministro grego (Euclides Tsakalotos) terá oportunidade para apresentar o modelo de crescimento em que tem estado a trabalhar para o pós-programa. É muito importante, eu tenho referido isso, que as autoridades gregas tenham a situação das reformas nas suas mãos. A Grécia está numa situação muito positiva hoje e deve manter-se no futuro", disse.
Poucos dias após ter completado 100 dias à frente do Eurogrupo, Centeno, que iniciou funções em 13 de Janeiro, preside hoje de manhã em Sófia à sua primeira reunião informal do fórum de ministros da Zona Euro - em cada semestre há um encontro neste formato, no país que exerce a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, actualmente a Bulgária -, que tem como principais pontos em agenda a Grécia e a situação da banca na Europa.
Na véspera, Varoufakis, de visita a Lisboa por ocasião das comemorações do 25 de Abril, teceu duras críticas a Centeno, considerando que o ministro das Finanças português é "um instrumento do Eurogrupo" e das políticas de Berlim, sustentou que o facto de defender mais medidas de austeridade à Grécia, que foi o que evitou em Portugal, "roça a imoralidade", e insistiu que a situação no seu país piora diariamente, pelo que é "um insulto" falar em recuperação económica na Grécia.
Após o (curto) encontro do Eurogrupo - de cerca de três horas de duração - tem início a reunião informal de ministros das Finanças do conjunto da União Europeia (Ecofin), que decorrerá até ao início da tarde de sábado, já sob presidência búlgara, e que abordará temas como a política de convergência dentro e fora da área do euro, a União de Mercados de Capitais, o combate à fraude fiscal e a imposição de impostos à economia digital.