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Grécia aceita ajuda técnica de Portugal para o pós-programa
A Grécia está prestes a sair do programa de ajustamento e a entrar na fase de monitorização pós-programa. Depois de Centeno ter oferecido ajuda técnica, os gregos aceitaram e vão trazer uma equipa a Lisboa.
A Grécia aceitou a oferta de ajuda técnica de Portugal para a monitorização pós-programa. O ministro das Finanças português, Mário Centeno, tinha transmitido a ideia ao seu homólogo grego, Euclides Tsakalotos, em Abril, tal como o Negócios tinha avançado. Na reunião do Eurogrupo da semana passada, Tsakalotos aceitou o convite e discutiu os detalhes com Centeno.
"Aceitámos de bom grado a proposta do ministro Centeno", afirmou fonte oficial do ministro das Finanças grego ao Negócios, referindo que a ajuda será para a monitorização pós-programa na Grécia. Este período deverá começar após 20 de Agosto, o dia de referência para a saída da Grécia do programa de ajustamento onde está há oito anos.
Os ministros discutiram os detalhes desta cooperação na reunião do Eurogrupo, na semana passada, em que a Grécia voltou a estar na ordem de trabalhos. "A Grécia está a planear enviar um comité a Portugal para obter aconselhamento", confirmou fonte oficial de Tsakalotos, sem referir datas previstas.
Recentemente, em entrevista ao jornal grego Kathimerini, Centeno disse que, após a saída do programa, a implementação dos compromissos irá "recair apenas" nas autoridades gregas, o que é "uma grande diferença" face aos últimos oito anos em que a Grécia contou com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia.
Em causa está a monitorização que será feita na Grécia pelos credores na fase pós-programa, tal como acontece em Portugal desde a "saída limpa" de Maio de 2014, o que envolve o reporte estatístico, a resposta a várias questões técnicas e um volume de trabalho elevado. No caso da Grécia esse acompanhamento deverá ser ainda mais intenso.
Isto porque a Comissão Europeia já demonstrou vontade em accionar um instrumento de monitorização reforçada prevista no quadro europeu do 2-pack (pacote duplo) implementado em 2013. Esta será a primeira vez que se activa este mecanismo e vai manter-se até a Grécia pagar, no mínimo, 75% da ajuda recebida, segundo as regras europeias. Em Portugal, a monitorização é semestral, mas a Grécia poderá ser alvo de avaliações trimestrais.
"Aceitámos de bom grado a proposta do ministro Centeno", afirmou fonte oficial do ministro das Finanças grego ao Negócios, referindo que a ajuda será para a monitorização pós-programa na Grécia. Este período deverá começar após 20 de Agosto, o dia de referência para a saída da Grécia do programa de ajustamento onde está há oito anos.
Aceitámos de bom grado a proposta do ministro Centeno. fonte oficial do ministro das finanças grego
A ideia é partilhar a experiência portuguesa numa altura em que a Grécia se prepara para sair do seu terceiro programa. Mário Centeno está convencido da utilidade da recente experiência em monitorização económica e financeira para o futuro da Grécia. Recentemente, em entrevista ao jornal grego Kathimerini, Centeno disse que, após a saída do programa, a implementação dos compromissos irá "recair apenas" nas autoridades gregas, o que é "uma grande diferença" face aos últimos oito anos em que a Grécia contou com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia.
Em causa está a monitorização que será feita na Grécia pelos credores na fase pós-programa, tal como acontece em Portugal desde a "saída limpa" de Maio de 2014, o que envolve o reporte estatístico, a resposta a várias questões técnicas e um volume de trabalho elevado. No caso da Grécia esse acompanhamento deverá ser ainda mais intenso.
Isto porque a Comissão Europeia já demonstrou vontade em accionar um instrumento de monitorização reforçada prevista no quadro europeu do 2-pack (pacote duplo) implementado em 2013. Esta será a primeira vez que se activa este mecanismo e vai manter-se até a Grécia pagar, no mínimo, 75% da ajuda recebida, segundo as regras europeias. Em Portugal, a monitorização é semestral, mas a Grécia poderá ser alvo de avaliações trimestrais.