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BCE baixa linha de emergência à banca grega para 51,1 mil milhões de euros
A autoridade monetária da Zona Euro voltou a reduzir o limite máximo da linha de assistência de emergência para o sistema financeiro grego para 51,1 mil milhões de euros, numa decisão que reflecte as melhorias de liquidez dos bancos helénicos.
O banco central da Grécia informou esta quinta-feira, 3 de Novembro, que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu voltar a reduzir o limite máximo da linha de assistência de emergência (ELA, na sigla inglesa) para o sistema financeiro grego.
A redução decretada pelo BCE é de um montante de 700 milhões de euros para um limite máximo que agora fica fixado nos 51,1 mil milhões de euros, e surge em resposta ao pedido feito pela própria autoridade monetária grega.
No entender de ambos os bancos centrais, esta nova redução da ELA reflecte a melhoria da situação de liquidez da banca helénica bem como a menor incerteza em torno da situação financeira do país e a crescente estabilização do sector privado do país.
Os bancos gregos estão dependentes desta linha de financiamento desde Fevereiro de 2015, altura em que o BCE decidiu cortar o financiamento normal ao sistema financeiro da Grécia, uma decisão que surgiu poucos dias depois de o Syriza ter vencido as eleições legislativas.
A contribuir para a estabilização económica grega estão também os dados divulgados esta quinta-feira pelo Ministério grego das Finanças. Segundo o qual as dívidas do Estado grego a terceiros (em especial a fornecedores) recuaram de 6,28 mil milhões de euros em Agosto para 6,22 mil milhões em Setembro.
Há pouco mais de uma semana, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) "autorizou o desembolso de 2,8 mil milhões de euros para a Grécia", com a instituição liderada por Klaus Regling a destacar esta decisão inesperada com os "progressos firmes" alcançados pelas autoridades helénicas na "reforma do seu país".
Em comunicado assinado por Regling, o MEE mostrava satisfação com o facto de o Executivo liderado por Alexis Tsipras ter cumprido o compromisso de "liquidar dívidas em atraso, o que terá um impacto positivo na economia do país". Era precisamente o elevado montante de dívidas do Estado a fornecedores que continuava a bloquear este desembolso.