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Ursula von der Leyen pede a Boris Johnson que proponha uma mulher para a Comissão Europeia

A presidente-eleita da Comissão Europeia enviou uma carta ao primeiro-ministro britânico a pedir uma proposta para comissário.

Reuters
06 de Novembro de 2019 às 14:07
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Já estava previsto na autorização de adiamento do Brexit, mas ainda não foi cumprido. Aliás, Boris Johnson disse no passado que não nomearia ninguém. Ainda assim, Ursula von der Leyen pediu formalmente ao Reino Unido para nomear um comissário e fez um pedido especial: quer que seja nomeada uma mulher para tentar chegar ao difícil objetivo de ter paridade de género no Executivo europeu.

Caso o Reino Unido tivesse saído da União Europeia a 31 de outubro, como estava previsto até há duas semanas, não existiria necessidade de ser nomeado um comissário europeu britânico dado que a nova Comissão Europeia só tomaria posse a 1 de novembro (o que também veio a ser adiado), dia em que os britânicos já não fariam parte do bloco.

Contudo, a extensão do prazo para 31 de janeiro - ainda que com a possibilidade de uma saída mais cedo caso o acordo seja aprovado no Parlamento - colocou em causa as regras europeias de que cada Estado-membro tenha um comissário.

A decisão do Conselho Europeu de dar mais tempo ao Governo britânico implicava, por isso, que fosse nomeado um comissário britânico, ainda que contra a vontade de Boris Johnson, que também não queria pedir um adiamento do prazo do Brexit.

Esta quarta-feira, 6 de novembro, Ursula von der Leyen endereçou uma carta ao primeiro-ministro britânico onde lhe pede que proponha um ou vários nomes para comissário "o mais rapidamente possível". Segundo a porta-voz Dana Spinanta, a presidente-eleita fez um pedido especial para que sejam incluídas mulheres, o que contribuiria para a paridade de género no Executivo europeu.

Um porta-voz do Governo britânico, citado pelo Politico, esclareceu que o Número 10 de Downing Street vai responder no "devido tempo". 

O objetivo da Comissão Von der Leyen passa por reunir uma maioria na votação global do Parlamento Europeu no final deste mês de forma a que entre em funções a 1 de dezembro. Mas isso só será possível se os três comissários já nomeados (França, Hungria e Roménia) e o que vier a ser nomeado pelo Reino Unido tiverem a "luz verde" da comissão jurídica (que analisa os conflitos de interesse e incompatibilidades) e das respetivas comissões das pastas que vão trabalhar.
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