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Ukip está a ser investigado. Partido pode ter usado indevidamente dinheiro da UE

As finanças do partido britânico eurocéptico Ukip estão a ser investigadas devido a alegações de que o partido pode ter usado indevidamente dinheiro da União Europeia, de acordo com a imprensa britânica.

Reuters
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No final da semana passada, foi noticiado que o Ukip usou quase meio milhão de euros, oriundos da União Europeia, para apoiar tanto a campanha para a eleições gerais como a campanha do referendo sobre a permanência do país na União Europeia. O The Telegraph escrevia a 17 de Novembro, citando um relatório do Parlamento Europeu que obteve, que o partido liderado por Nigel Farage usou 450 mil euros, sendo que o dinheiro terá passado pela Aliança para a Democracia Directa na Europa (ADDE), grupo a que o Ukip pertence.

Esta terça-feira, o mesmo jornal avança que a Comissão Eleitoral abriu uma investigação às finanças do partido devido a alegações que terá usado indevidamente dinheiro proveniente da União Europeia. As instâncias do Parlamento Europeu já decidiram, entretanto, que a Aliança para a Democracia Directa na Europa vai ter de reembolsar 172.655 euros. E não vai receber os 248.345 euros que estavam alocados ao Ukip depois de ter sido descoberta a má utilização de dinheiro europeu.

O objectivo da investigação é aferir se o partido eurocéptico, que fez campanha pelo Brexit, aceitou "donativos proibidos" da Aliança e da sua fundação afiliada, a Iniciativa para a Democracia Directa na Europa (IDDE).

Em comunicado, citado pelo The Telegraph, a Comissão Eleitoral disse que a "ADDE e a sua afiliada IDDE, como outros partidos políticos e fundações, pode receber financiamento da União Europeia".

"Este financiamento pode cobrir até 85% das despesas elegíveis dos partidos e pode ser usada para um número de actividades, desde funções administrativas através de custos de campanha relacionados com as eleições europeias. Não pode, contudo, ser usado para um conjunto específico de fins, incluindo o financiamento directo e indirecto de partidos nacionais, candidatos eleitorais ou fundações políticas quer ao nível nacional quer ao nível europeu", refere o documento.

O Parlamento Europeu transmitiu à Comissão que "concluiu que a ADDE e a IDDE usaram financiamento da UE para o benefício do Ukip violando as regras e, por conseguinte, essas despesas foram declaradas não elegíveis para financiamento".


Farage embaixador nos EUA?


"Muitas pessoas gostariam de ver Nigel Farage a representar o Reino Unido como embaixador nos EUA. Ele faria um óptimo trabalho!" Foi assim que Donald Trump relançou o debate sobre o papel do ex-líder do Ukip na ligação entre os EUA e o Reino Unido.

Londres já reagiu: "Temos um excelente embaixador nos Estados Unidos e ele vai continuar o seu trabalho", afirmou um porta-voz da primeira-ministra, Theresa May, citado pela Reuters. O responsável salientou que o embaixador que está nos EUA assumiu funções ainda este ano e que, regra geral, o cargo é desempenhado por, pelo menos, quatro anos.

 

"Nós nomeamos os nossos embaixadores", acrescentou. O mesmo responsável considerou ainda que o Reino Unido tem com os EUA uma relação "incrivelmente forte e duradoura".

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