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Tusk promete trabalhar por uma UE unida e pede a Varsóvia para não queimar pontes
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu esta quinta-feira que continuará a trabalhar por uma Europa unida e que defenderá a Polónia, que tentou boicotar a sua reeleição, de qualquer isolamento político e pediu que não queimem pontes.
"Vou continuar a trabalhar por uma Europa melhor e mais unida", disse Tusk, numa conferência de imprensa intercalar da cimeira da UE.
Questionado sobre como vão ser as suas relações com Varsóvia, depois da primeira-ministra do seu país, Beata Szydlo, ter tentado boicotar a sua recondução como presidente do Conselho europeu, Tusk garantiu que fará tudo "para proteger o governo polaco contra o isolamento político em Bruxelas".
Numa nota de humor, a uma pergunta sobre como irá falar com o executivo de Szydlo, Tusk respondeu: "Comunicarei com o Governo polaco em polaco".
Mas Tusk deixou também um aviso a Varsóvia: "Cuidado com as pontes que se queimam, pois não podem ser reconstruídas".
Também o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se manifestou satisfeito com a reeleição de Tusk, para um mandato de dois anos e meio.
Depois da eleição de Tusk e do debate sobre crescimento, emprego e comércio, a cimeira prossegue a 28, com um jantar de trabalho dominado pela situação nos Balcãs ocidentais.
Na sexta-feira, os líderes da UE reúnem-se informalmente a 27, sem a presença da primeira-ministra britânica, Theresa May.
O polaco Tusk foi hoje reconduzido no cargo por um segundo mandato de dois anos e meio, apesar das objeções do seu país.
Tusk, o segundo presidente do Conselho Europeu desde a criação do cargo, em 2009, assumiu pela primeira vez funções em 2014, substituindo do belga Herman Van Rompuy, e cumprirá o seu segundo mandato até 2019.