A SNCF – operador ferroviário francês – assegurou este domingo que as reparações das linhas de alta velocidade danificadas estavam concluídas, dois dias depois de a rede ter sido alvo de sabotagem poucas horas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

O ataque coordenado, que decorreu de quinta para sexta-feira, causou fortes perturbações no tráfego em grande parte da rede ferroviária do país, tendo três das quatro principais linhas de comboios de alta velocidade do país sido danificadas por incêndios. Um atentado contra uma quarta linha falhou, segundo as autoridades.

"Graças à mobilização excecional dos nossos agentes, que trabalharam incansavelmente desde sexta-feira de manhã, os trabalhos de reparação estão agora terminados em todas as linhas de alta velocidade afetadas pelos atos de sabotagem", declarou a SNCF, acrescentando que todos os testes de segurança "foram bem sucedidos e as linhas estão agora utilizáveis".

Ainda não foram identificados suspeitos do ataque e está em curso uma investigação. O Eurostar, que efetua serviços internacionais de Paris e Lille para destinos como Londres e Bruxelas, indicou que iria operar 80% dos seus comboios programados este domingo, prevendo-se o regresso ao serviço completo na segunda-feira.

Os ataques coordenados à rede ferroviária francesa afetaram cerca de 800 mil passageiros durante o fim de semana e quando faltavam poucas horas para a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, na sexta-feira à noite.

Questionado sobre a possibilidade de a Rússia estar por detrás do ataque, o ministro dos Transportes Patrice Vergriete disse ao Financial Times que "todos os sinais mostram que não se trata de um caso de interferência estrangeira oficial".