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Por dentro do grande negócio que é o casamento real

Ao abandonar Hollywood para se casar com um príncipe, Meghan Markle desiste de uma carreira de sucesso para entrar no negócio de fazer parte da realeza britânica.

19 de Maio de 2018 às 11:00
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Pertencer à realeza britânca é uma grande máquina de fazer dinheiro - embora muitas vezes coloque à prova os limites do bom gosto e fuja do controlo da monarquia. Para comemorar o casamento do príncipe Harry com a sua noiva americana este sábado, 19 de Maio, os fãs podem comprar colheres de pau, fato-de-banho e até preservativos com o rosto do casal.

 

Este mar de produtos é apenas um indicador do quanto a monarquia britânica impulsiona a economia. No ano passado, quase cinco milhões de pessoas visitaram o Palácio de Buckingham, a residência da rainha Isabel II em Londres, e o turismo real está avaliado em 747 milhões de dólares por ano.

 

As lojas também devem ganhar um impulso de 120 milhões de libras porque os britânicos vão gastar muito dinheiro em memorabilia, além de organizar festas de rua e churrascos, segundo o Centre for Retail Research.

 

O casamento de Harry, sexto na linha de sucessão ao trono, com Meghan, uma divorciada de raça mista, é um divisor de águas na história da instituição. Os analistas políticos debruçam-se sobre este bastião da tradição e a sua capacidade de se renovar. Os veículos de comunicação da cultura pop estabelecem comparações com Grace Kelly, que também abandonou o mundo do espectáculo para se casar com um príncipe, e Wallis Simpson, uma "socialite" americana cujo segundo casamento com Eduardo VIII desencadeou a sua abdicação ao trono.

 

A família real britânica sofreu os seus altos e baixos nos últimos tempo. Os anos 1990 foram um ponto baixo, com a morte, em 1997, da princesa Diana, a tão amada mãe de Harry, cujo carro bateu enquando estava a ser perseguida por paparazzi. A rainha foi obrigada a fazer uma declaração pública sobre a sua ex-nora, enquanto os jornais e a televisão debatiam o futuro da monarquia.

 

Mais de duas décadas depois, é difícil imaginar um momento em que a família real tenha estado tão popular, ou reabilitada, com programas premiados como o "The Crown".

 

As vozes que questionam se a monarquia é um custo que vale a pena manter desapareceram. A rainha Isabel II, de 92 anos, recebe uma renda através de uma empresa imobiliária chamada The Crown Estate, que dá os seus lucros - mais de 2,6 mil milhões de libras ao longo da última década - ao governo.

 

Em troca, a família real recebe um subsídio anual de 15% dos lucros. Isto equivale a 42,8 milhões de libras nas últimas contas disponíveis. A própria Isabel II tem um património líquido de 420 milhões de dólares. A Casa Real estima que a família custe a cada pessoa no Reino Unido 65 pence por ano em impostos.

A intriga mais recente ou imagem da família real ajuda a vender tabloides e impulsiona o tráfego online no Reino Unido, e o frenesi da imprensa em torno do mais novo casal real não é diferente - incluindo as suas potenciais armadilhas. Quando faltava menos de uma semana para o casamento real, The Sun e outros meios de comunicação noticiaram que Thomas Markle não levará a sua filha até o altar depois de ter admitido ter encenado fotos de paparazzi.

 

Em resposta, o palácio fez um apelo: "Este é um momento profundamente pessoal para Markle nos dias que antecedem o seu casamento. Ela e o príncipe Harry pedem novamente que a compreensão e o respeito sejam estendidos ao sr. Markle nesta situação difícil."


Acompanhe o casamento real em directo

(Texto original: Inside the Big Business of Royal Weddings)


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