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Polónia admite necessidade de cimeira europeia adicional para decidir sobre orçamento

A Polónia admitiu esta terça-feira a possibilidade de ser necessário realizar uma cimeira adicional dos líderes da União Europeia (UE) para desbloquear o orçamento plurianual comunitário (2021-2027) e o fundo de recuperação pós-pandemia que lhe está associado.

EPA
08 de Dezembro de 2020 às 16:27
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"Pode acontecer que seja necessária uma cimeira adicional, estamos a preparar-nos para mais meses de conversações e de negociações. Naturalmente, também estamos preparados para um possível orçamento provisório", afirmou o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias polaca PAP.

E acrescentou: "Nenhum cenário deve ser excluído neste momento".

Tentar encontrar uma saída para o veto imposto pela Polónia e pela Hungria ao orçamento plurianual da UE e ao fundo de recuperação é o principal objetivo do próximo Conselho Europeu, agendado para esta quinta e sexta-feira (dias 10 e 11 de dezembro).

A aprovação do orçamento plurianual da UE para 2021-2027 (1,08 biliões de euros) e do Fundo de Recuperação pós-pandemia que lhe está associado (750 mil milhões) encontra-se bloqueada pela Polónia e pela Hungria, que discordam da condicionalidade no acesso aos fundos comunitários ao respeito pelo Estado de Direito.

Mateusz Morawiecki acrescentou que está a ter em conta "várias eventualidades", mas insistiu que "há uma questão fundamental" sobre a qual a Polónia não está disposta a ceder.

A Alemanha, país que assegura atualmente (e até final de dezembro) a presidência semestral rotativa do Conselho da UE, tem intensificado esforços para tentar desbloquear a atual situação e hoje voltou a instar Varsóvia e Budapeste a levantarem o veto.

"Seria irresponsável atrasar ainda mais este apoio essencial para os nossos cidadãos. Precisamos de desbloquear rapidamente este apoio financeiro que é tão crucial para muitos Estados-membros", disse o ministro alemão para a Europa, Michael Roth, antes do último Conselho de Assuntos Gerais de hoje, sob a presidência alemã.

"As consequências sociais e económicas da crise estão a tornar-se cada vez mais visíveis", salientou Michael Roth, recordando ainda que em julho foi acordado "um pacote de recuperação muito substancial" e que todos os Estados-membros se comprometeram com os princípios do Estado de Direito como "um valor essencial da União".
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