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Parlamento Europeu rejeita moção de censura à Comissão Juncker
O Parlamento Europeu rejeitou esta quinta-feira por larga maioria a moção de censura à Comissão Europeia, relacionada com o caso dos acordos fiscais secretos entre o Luxemburgo e multinacionais, quando Jean-Claude Juncker era primeiro-ministro daquele país.
A moção - apresentada por eurodeputados eurocépticos e de direita - contou com apenas 101 votos a favor, 461 contra e 88 abstenções. Para ser aprovada, precisava de uma maioria de dois terços dos votos expressos, ou seja, 376 deputados.
Quando o escândalo 'LuxLeaks' rebentou, poucos dias depois de Juncker ter tomado posse como presidente da Comissão Europeia, o Grupo da Esquerda Unitária - que integra PCP e Bloco de Esquerda - lançou-se numa recolha de apoios com vista à moção de censura.
No entanto, foi o grupo Liberdade e Democracia, do eurocéptico britânico Nigel Farage, que conseguiu as 76 assinaturas necessárias à moção de censura junto de deputados da extrema-direita não inscritos, como Marine Le Pen.
O facto de a moção ter sido iniciativa deste grupo levou muitos eurodeputados a não a suportarem, recusando aliar-se às forças populistas e de direita.
Os eurodeputados do PCP e do Bloco de Esquerda já tinham dito à Lusa que se iam abster por esse motivo, enquanto os do PS e do PSD votaram contra.