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Nem Estados Unidos da Europa nem desintegração. Barroso antecipa um meio-termo para a UE

O actual chairman da Goldman Sachs International considera que a economia do euro está nos primeiros estágios de uma recuperação que "não será espectacular".

Bloomberg
10 de Outubro de 2017 às 13:20
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Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia, não acredita na criação de uma espécie de Estados Unidos da Europa, mas também não antecipa qualquer desintegração do bloco regional. A UE deverá, em vez disso, fazer progressos em direcção a uma maior integração, especialmente impulsionada pelo eixo franco-alemão.

 

"Penso que vamos ver alguns progressos na integração europeia, nomeadamente no que diz respeito à União Económica e Monetária, segurança e controlo das fronteiras", afirmou o responsável, no balanço do primeiro ano como chairman da Goldman Sachs International. "Não acredito que vamos ter os Estados Unidos da Europa num futuro previsível. Mas acredito que aqueles que previram, e continuam a prever, a desintegração da Europa estão errados. Será um meio-termo".

 

Durão Barroso sublinhou que o Reino Unido é um dos países "mais importantes da Europa" e o resultado do referendo não foi bom para a Europa. No entanto, não deu origem "à onda de populismo e extremismo que muitos antecipavam".

 

Pelo contrário, o antigo primeiro-ministro português sublinhou que França tem agora o presidente mais pró-europeu de sempre, que poderá trabalhar em conjunto com a Alemanha para garantir o bom funcionamento da UE. "Basicamente estou confiante em relação ao futuro da União Europeia, não apenas em termos económicos, mas também políticos", concluiu.

 

Sobre a evolução da economia da Zona Euro, Durão Barroso afirmou que estamos nos primeiros estágios de uma recuperação "que não vai ser espectacular". "Não somos uma economia emergente, por isso vai ser um crescimento moderado", concretizou.

 

No entanto, Barroso sublinha que "há questões que ainda têm de ser resolvidas", como a situação de Itália e em que medida o compromisso para a reforma de Macron, em França, se traduz em resultados concretos.

 

O actual chairman do braço europeu do Goldman Sachs mostrou-se ainda preocupado com a situação na Coreia do Norte, cujo líder "ilegítimo e completamente irresponsável" ameaça a paz mundial. "É um foco de tensão não só para a região mas para todo o mundo", concluiu.

 

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