Notícia
Michel discute "futuro desafiante" da UE com Costa e outros líderes europeus
António Costa participou naquele que foi o quarto e último jantar de debate promovido por Charles Michel sobre as prioridades políticas da UE no futuro.
28 de Novembro de 2023 às 22:37
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, discutiu esta noite o "futuro desafiante" da União Europeia (UE) com o primeiro-ministro, António Costa, e outros líderes europeus, terminando as discussões sobre as prioridades políticas pós-eleições de junho de 2024.
"Com os colegas de França, Países Baixos, Estónia, Luxemburgo e Portugal, estamos a concentrar-nos nas nossas prioridades para tornar a UE mais forte e mais influente e cumprir as promessas dos nossos pais fundadores: democracia, prosperidade, segurança e paz num futuro desafiante", escreveu Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
António Costa participou naquele que foi o quarto e último jantar de debate promovido por Charles Michel sobre as prioridades políticas da UE no futuro, no contexto das eleições para o Parlamento Europeu em junho de 2024 e antes da nomeação da próxima Comissão Europeia, após o responsável europeu ter iniciado na semana passada as consultas aos chefes de Governo e de Estado da União sobre a nova Agenda Estratégica.
O evento decorreu no Palácio do Eliseu, em Paris, sendo organizado pela Presidência francesa.
Além do chefe de Governo português, participaram líderes como o anfitrião Presidente francês, Emmanuel Macron, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, o recém-eleito primeiro-ministro do Luxemburgo, Luc Frieden, e ainda o demissionário primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte.
O novo primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, não esteve presente, ao contrário do anteriormente anunciado.
Antes do jantar de hoje sobre a nova Agenda Estratégica da UE, realizaram-se outros em Copenhaga, Zagreb e em Berlim.
Na carta-convite enviada aos líderes europeus no início de novembro, Charles Michel dava conta de que o objetivo era, em "pequenos grupos", refletir "sobre a capacidade da UE de agir e de atingir os seus objetivos" em áreas como a segurança e defesa, a resiliência e competitividade, a energia, migração e o alargamento da União.
Em cima da mesa têm estado questões como as reformas a realizar na UE no contexto do futuro alargamento, o reforço do orçamento comunitário dadas as prioridades comuns e ainda a melhoria da tomada de decisões, debatendo se isso implicaria, por exemplo, mais votações por maioria qualificada em vez de unanimidade.
Tais iniciativas surgem depois de, no Conselho Europeu de Granada, no início de outubro, os chefes de Governo e de Estado da UE terem definido um quadro geral para uma União mais resiliente, ao nível interno e mundial.
Na ocasião, António Costa defendeu uma nova arquitetura institucional da UE, propondo "um edifício multifuncional, que assenta em fundações sólidas, [...] que são os valores comuns", mas no qual existem "um conjunto de espaços que cada um utiliza de acordo com a sua própria vontade de participar ou não participar".
A ideia seria, de acordo com o chefe de Governo, evitar "sucessivas questões de bloqueio", isto depois de a Hungria ter vindo a bloquear vários dossiês europeus nos últimos meses.
Budapeste também ameaça vetar dossiês no decisivo Conselho Europeu de dezembro, no qual os líderes da UE tentarão acordos sobre questões como a abertura de negociações formais de adesão com a Ucrânia e a Moldova, a revisão do orçamento plurianual até 2027 (com uma reserva financeira para apoiar a reconstrução da Ucrânia de 50 mil milhões de euros), o novo pacto de migrações e asilo e ainda as novas regras orçamentais comunitárias.
"Com os colegas de França, Países Baixos, Estónia, Luxemburgo e Portugal, estamos a concentrar-nos nas nossas prioridades para tornar a UE mais forte e mais influente e cumprir as promessas dos nossos pais fundadores: democracia, prosperidade, segurança e paz num futuro desafiante", escreveu Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
O evento decorreu no Palácio do Eliseu, em Paris, sendo organizado pela Presidência francesa.
Além do chefe de Governo português, participaram líderes como o anfitrião Presidente francês, Emmanuel Macron, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, o recém-eleito primeiro-ministro do Luxemburgo, Luc Frieden, e ainda o demissionário primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte.
O novo primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, não esteve presente, ao contrário do anteriormente anunciado.
Antes do jantar de hoje sobre a nova Agenda Estratégica da UE, realizaram-se outros em Copenhaga, Zagreb e em Berlim.
Na carta-convite enviada aos líderes europeus no início de novembro, Charles Michel dava conta de que o objetivo era, em "pequenos grupos", refletir "sobre a capacidade da UE de agir e de atingir os seus objetivos" em áreas como a segurança e defesa, a resiliência e competitividade, a energia, migração e o alargamento da União.
Em cima da mesa têm estado questões como as reformas a realizar na UE no contexto do futuro alargamento, o reforço do orçamento comunitário dadas as prioridades comuns e ainda a melhoria da tomada de decisões, debatendo se isso implicaria, por exemplo, mais votações por maioria qualificada em vez de unanimidade.
Tais iniciativas surgem depois de, no Conselho Europeu de Granada, no início de outubro, os chefes de Governo e de Estado da UE terem definido um quadro geral para uma União mais resiliente, ao nível interno e mundial.
Na ocasião, António Costa defendeu uma nova arquitetura institucional da UE, propondo "um edifício multifuncional, que assenta em fundações sólidas, [...] que são os valores comuns", mas no qual existem "um conjunto de espaços que cada um utiliza de acordo com a sua própria vontade de participar ou não participar".
A ideia seria, de acordo com o chefe de Governo, evitar "sucessivas questões de bloqueio", isto depois de a Hungria ter vindo a bloquear vários dossiês europeus nos últimos meses.
Budapeste também ameaça vetar dossiês no decisivo Conselho Europeu de dezembro, no qual os líderes da UE tentarão acordos sobre questões como a abertura de negociações formais de adesão com a Ucrânia e a Moldova, a revisão do orçamento plurianual até 2027 (com uma reserva financeira para apoiar a reconstrução da Ucrânia de 50 mil milhões de euros), o novo pacto de migrações e asilo e ainda as novas regras orçamentais comunitárias.