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Merkel aceita pedido de May se Parlamento britânico aprovar acordo de saída na próxima semana

Angela Merkel diz haver abertura para dar mais tempo ao Reino Unido para efetivar a sua saída da União Europeia. Mas uma extensão curta só será dada se os deputados britânicos aprovarem na próxima semana o acordo de saída. A chanceler alemão lembra que há eleições europeias em maio e que é preciso respeitar este evento.

Reuters

A chanceler alemã fez um discurso no Parlamento alemão esta quinta-feira, 21 de março, tendo deixado claro que está preparada para apoiar o pedido de Theresa May para estender o prazo de saída para 30 de junho. Mas, para que tal seja possível, será necessário que o Parlamento britânico chegue a acordo e dê um voto positivo ao acordo de saída. E isto na próxima semana.

 

"Vamos fazer tudo que podemos nos poucos dias que restam para garantir que conseguimos um Brexit ordeiro", salientou Angela Merkel, acrescentando que a extensão até 30 de junho "se o Parlamento britânico der um voto positivo ao acordo para a saída na próxima semana".

 

De realçar que a data definida para a saída do Reino Unido da União Europeia é 29 de março, ou seja, na próxima semana.

 

A chanceler alemã adiantou ainda que, "sobre a data a 30 de junho, temos de ter em consideração que temos eleições europeias em maio", o que "significa que o futuro e a legalidade da eleição tem de ser respeitado", ainda assim Merkel, que falava no Parlamento alemão, diz haver abertura para uma "extensão curta" da data limite para a saída.

 

Daí a necessidade de os deputados britânicos aprovarem um acordo de saída na próxima semana. A Europa precisa de garantias de acordo de Londres. Caso contrário a extensão curta não será viável, obrigando o Reino Unido a participar nas eleições ou a sair sem acordo.

 

"Tenho pena que oito dias antes da saída do Reino Unido da União Europeia continuemos a não ter uma resposta para a questão do Brexit".

 

Theresa May explicou ontem que quer evitar um prolongamento maior, uma opção vista como preferencial por Bruxelas. "Oponho-me a uma longa extensão [do artigo 50.º]", disse May assegurando que um adiamento extenso faria com que o parlamento britânico ficasse indefinidamente a discutir este processo, descurando outras questões relevantes para o Reino Unido. 

 

Segundo um documento interno da Comissão citado pela Reuters, a Comissão Europeia considera que o adiamento de três meses está longe de ser a melhor solução, preferindo que este fosse várias semanas mais curto (indo no máximo até 23 de maio), desde logo para evitar constrangimentos face à proximidade das europeias que decorrem no final de maio, ou então substancialmente mais longo, de pelo menos um ano.

 

A líder britânica reiterou ontem querer assegurar uma saída ordenada da União e dizendo ser sua "intenção" submeter "logo que possível" a nova votação parlamentar o acordo de saída e, nesse sentido, solicita ao Conselho Europeu a aprovação dos documentos por si negociados em Estrasburgo com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

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