Notícia
Mecanismo Europeu de Estabilidade realça história de êxito nos resgates à Grécia
Klaus Regling diz que pode agora acrescentar a Grécia aos outros casos de sucesso, como Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre.
19 de Agosto de 2018 às 14:55
O director do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, congratulou-se este domingo, 19 de Agosto, com a recuperação da autonomia da Grécia, na saída do último programa de resgate, apontando que o país será "uma história de êxito".
"Há algum tempo nada faria crer que Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre seriam histórias de êxito. Refiro-me sempre a estes países como as nossas quatro histórias de sucesso. Agora poderei incluir a Grécia neste grupo", seguindo sempre as reformas acordadas, disse Klaus Regling ao diário grego News247.
O responsável do Mecanismo Europeu lamentou o sofrimento que o povo grego suportou durante os anos do resgate, mas realçou os "resultados positivos" conseguidos pelo programa, como o crescimento da economia ou a redução do desemprego, nos últimos três anos.
Klaus Regling apontou a importância de a Grécia continuar as reformas realizadas e concretizar os compromissos firmados com as instituições credoras.
"Os interesses da Grécia, dos gregos e do Governo estão alinhados com os interesses do MEE: é do interesse mútuo que as reformas continuem, que a Grécia beneficie de um bom crescimento e que se crie emprego", realçou.
À pergunta acerca da possibilidade de revogar a reforma das pensões - uma intenção do Governo grego com o argumento de que as restantes reformas adoptadas são suficientes para atingir os seus objectivos financeiros, com base nos resultados de 2016 e 2017 -, o responsável europeu respondeu apontando a obrigatoriedade de cumprimento de todos os acordos alcançados antes do final do programa de resgate.
Acrescentou que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, não precisa do seu conselho porque "sabe o que fazer" quando a Grécia recuperar a sua soberania financeira.
Klaus Regling explicou ainda que a Grécia esteve com programas de resgate mais tempo do que outros países, pelo menos, por três razões: o seu ponto de partida era mais complicado devido ao défice orçamental e à significativa perda de competitividade, a fragilidade da administração e o tempo perdido com as decisões do ministro das Finanças Yanis Varoufakis, em 2015.
Na segunda-feira, a Grécia concretiza a saída do seu terceiro programa de assistência, numa data histórica para o país e para a zona euro, que vira a página sobre oito anos de resgates, deixando o euro de ter qualquer membro sob resgate.
Aquele foi o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira - e o único "reincidente" -, e a conclusão do seu terceiro programa assinala o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.
O histórico da crise grega e da zona euro recua, pelo menos, a 2010, altura em que tem lugar a primeira cimeira extraordinária de líderes da UE para discutir o "problema grego", à luz das revelações de que as autoridades gregas haviam ocultado os verdadeiros dados macroeconómicos do país e manipulado os números do défice público, que era afinal, na altura, de 12,5%, mais do dobro do valor anunciado.
"Há algum tempo nada faria crer que Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre seriam histórias de êxito. Refiro-me sempre a estes países como as nossas quatro histórias de sucesso. Agora poderei incluir a Grécia neste grupo", seguindo sempre as reformas acordadas, disse Klaus Regling ao diário grego News247.
Klaus Regling apontou a importância de a Grécia continuar as reformas realizadas e concretizar os compromissos firmados com as instituições credoras.
"Os interesses da Grécia, dos gregos e do Governo estão alinhados com os interesses do MEE: é do interesse mútuo que as reformas continuem, que a Grécia beneficie de um bom crescimento e que se crie emprego", realçou.
À pergunta acerca da possibilidade de revogar a reforma das pensões - uma intenção do Governo grego com o argumento de que as restantes reformas adoptadas são suficientes para atingir os seus objectivos financeiros, com base nos resultados de 2016 e 2017 -, o responsável europeu respondeu apontando a obrigatoriedade de cumprimento de todos os acordos alcançados antes do final do programa de resgate.
Acrescentou que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, não precisa do seu conselho porque "sabe o que fazer" quando a Grécia recuperar a sua soberania financeira.
Klaus Regling explicou ainda que a Grécia esteve com programas de resgate mais tempo do que outros países, pelo menos, por três razões: o seu ponto de partida era mais complicado devido ao défice orçamental e à significativa perda de competitividade, a fragilidade da administração e o tempo perdido com as decisões do ministro das Finanças Yanis Varoufakis, em 2015.
Na segunda-feira, a Grécia concretiza a saída do seu terceiro programa de assistência, numa data histórica para o país e para a zona euro, que vira a página sobre oito anos de resgates, deixando o euro de ter qualquer membro sob resgate.
Aquele foi o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira - e o único "reincidente" -, e a conclusão do seu terceiro programa assinala o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.
O histórico da crise grega e da zona euro recua, pelo menos, a 2010, altura em que tem lugar a primeira cimeira extraordinária de líderes da UE para discutir o "problema grego", à luz das revelações de que as autoridades gregas haviam ocultado os verdadeiros dados macroeconómicos do país e manipulado os números do défice público, que era afinal, na altura, de 12,5%, mais do dobro do valor anunciado.