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Papaconstantinou: É "ofensivo" dizer que a Grécia é uma história de sucesso
O ex-ministro das Finanças grego, que se viu obrigado a chamar a troika em 2010, diz que a margem de liberdade de decisão do Governo da Grécia é "limitada pela realidade de uma dívida elevada".
Negócios
23 de Agosto de 2018 às 10:13
"É ofensivo falar numa ‘história de sucesso’ quando o país perdeu mais de um quarto do seu PIB, o desemprego ainda está à volta de 20%, a pobreza aumentou significativamente, os serviços públicos continuam a sofrer e as nossas instituições continuam a ser tão fracas", diz George Papaconstantinou em entrevista ao Observador, publicada esta quinta-feira, 23 de Agosto.
O ex-ministro das Finanças grego, que se viu forçado a pedir ajuda em 2010, argumenta que a "saída limpa" que a Grécia conseguiu esta segunda-feira, com o fim do terceiro programa de ajustamento, não representa ainda um regresso à normalidade do país.
Defende que a Grécia está, na prática, comprometida com medidas quase como se continuasse num programa de ajustamento, embora não continue a receber empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
"Eu sentir-me-ia mais seguro com um programa cautelar, apesar de entender e respeitar o argumento de que é tempo de a Grécia tomar as rédeas do seu futuro," assume.
No dia em que terminou o terceiro programa de resgate grego, vários responsáveis políticos elogiaram o caminho que a Grécia percorreu. Mário Centeno, ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, disse mesmo que a "Grécia recuperou o controlo por que lutou", tendo os gregos pago "caro pelas más políticas do passado". "A Grécia regressou hoje à normalidade. Bem-vinda de volta", frisou Centeno, num vídeo divulgado no Twitter.
O ex-ministro das Finanças grego, que se viu forçado a pedir ajuda em 2010, argumenta que a "saída limpa" que a Grécia conseguiu esta segunda-feira, com o fim do terceiro programa de ajustamento, não representa ainda um regresso à normalidade do país.
"Eu sentir-me-ia mais seguro com um programa cautelar, apesar de entender e respeitar o argumento de que é tempo de a Grécia tomar as rédeas do seu futuro," assume.
No dia em que terminou o terceiro programa de resgate grego, vários responsáveis políticos elogiaram o caminho que a Grécia percorreu. Mário Centeno, ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, disse mesmo que a "Grécia recuperou o controlo por que lutou", tendo os gregos pago "caro pelas más políticas do passado". "A Grécia regressou hoje à normalidade. Bem-vinda de volta", frisou Centeno, num vídeo divulgado no Twitter.