A venda do Novo Banco à Lone Star, onde a Direcção-geral da Concorrência da União Europeia forçou o Estado a não ter uma voz activa na instituição, reforça "a ideia de que a Europa tem de mudar".

Este ponto da vista foi defendido pela eurodeputada socialista, Maria João Rodrigues, em entrevista à Antena 1, conduzida por Maria Flôr Pedroso.

Maria João Rodrigues, que segundo a revista Político, é a oitava eurodeputada mais influente, defende que a Europa "tem que cuidar primeiro da sua coesão interna" na entrevista transmitida quinta-feira, 6 de Março.

Num momento em que se tem falado da possibilidade de Mário Centeno substituir o holandês Jeroen Dijsselbloem como presidente do Eurogrupo, Maria João Rodrigues avança com outra alternativa, a de Pierro Carlo Paduan, ministro italiano das Finanças e socialista. Ou até com um cenário em que Pierre Moscovici pode subir a vice-presidente da Comissão Europeia e ser presidente do Eurogrupo.

O que é preciso é "um presidente que compreenda o Sul e de preferência que seja da família socialista. Mas se não houver alguém do Sul e socialista, alguém que seja do Sul". Maria João Rodrigues dá assim respaldo à possibilidade do lugar de Dijsselbloem vir a ser ocupado pelo actual ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos.

Para a eurodeputada socialista este é um momento de mudança. "Não podemos continuar com esta narrativa de que se os países do Sul têm tido problemas é culpa deles. Isto é uma narrativa inaceitável", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.