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Maioria dos europeus não está convencida que a sua vida seria pior sem a UE

Uma sondagem realizada pelo think tank Friends of Europe conclui que 64% de cerca de 11 mil inquiridos não está convencido de que a sua vida seria pior se a União Europeia não existisse. Estudo mostra ainda que 49% dos cidadãos europeus considera que a UE é irrelevante.

11 de Outubro de 2018 às 13:43
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O eurocepticismo é uma realidade na Europa. De acordo com uma sondagem levada a cabo pelo think tank Friends of Europe, sediado em Bruxelas, perto de dois terços (64%) dos cidadãos europeus não estão convencidos de que as suas vidas seriam piores se a União Europeia não existisse.

O estudo divulgado esta quinta-feira, 11 de Outubro, e que foi realizado durante o passado mês de Setembro, revela ainda que perto de metade dos inquiridos (49%) avalia a UE como "irrelevante".

A sondagem sinaliza também que a população mais jovem tem um pendor mais pró-europeu, com 41% dos inquiridos com menos de 35 anos de idade a pensar que as suas vidas seriam piores sem o projecto europeu.

Um dado curioso deste estudo passa pelo facto de apesar do eurocepticismo relevado pela sondagem, o nacionalismo soberanista não parece determinante para os entrevistados.

Para 81% dos cidadãos europeus consultados Bruxelas não deveria dar prioridade ao chamado princípio da subsidiariedade dando mais poder de decisão aos governos nacionais.

Outro dado aparentemente em contraposição ao cepticismo quanto aos méritos da União é que os europeus não querem menos Europa, já que 90% dos inquiridos consideram que o bloco europeu deve ser mais do que apenas um mercado único.

"Sem mudanças e reformas, a UE vai continuar a ser irrelevante para a maioria dos cidadãos", diz Pascal Lamy, administrador do Friends of Europe, citado pelo site Politico.

Além dos indicadores já referidos, os europeus priorizam ter "voto na matéria", ou seja, querem ter maior influência nas tomadas de decisão. 41% querem direito de voto nas políticas da União mais representativas e 31% querem que o orçamento comunitário seja mais transparente.

Por fim, os europeus querem que Bruxelas se concentre mais em temas que lhes digam mais, tais como segurança, criação de emprego e alterações climáticas.

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