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Isabel II tem já o mais longo reinado

23.226 dias, 16 horas e 24 minutos. A partir deste momento, Isabel II é a rainha britânica com o mais longo reinado. Ultrapassou esta quinta-feira, 9 de Setembro, os 63 anos, sete meses, dois dias, 16 horas e 23 minutos da sua trisavó Victoria.

09 de Setembro de 2015 às 17:35
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Aos 89 anos é já a rainha há mais tempo no trono no Reino Unido. Marca recebida esta quarta-feira com admiração pelos súbditos de Sua Majestade e o toque dos sinos na Abadia de Westminster. Até no Parlamento, o acontecimento foi assinalado, mas como diz a Reuters a rainha não quis fazer da data um acontecimento, já que considerava que apenas representava que o seu pai Jorge VI tinha morrido cedo e que ela própria está a ter uma vida longa. Não queria comemorações, mas acabou por ceder a algumas pressões e concordou em inaugurar uma nova linha de comboios na Escócia. E foi nesse momento que fez apenas uma breve referência ao reinado.


"Muitos lembraram-se amavelmente de assinalar hoje outro marco, mas não foi algo que eu alguma vez tivesse pensado". Foram as palavras da rainha Isabel II, coroada a 2 de Junho de 1953, que ainda acrescentou: "inevitavelmente uma vida longa passa por muitos marcos – a minha não é excepção – mas agradeço-vos a todos e tantos outros em casa e no exterior pelas vossas comoventes mensagens e grande bondade".


Menos humildes foram as mensagens em Londres. O primeiro-ministro David Cameron não fez por menos: "A Rainha é a nossa rainha e não podíamos ter mais orgulho dela". Uma rocha de estabilidade, acrescentou. "Serviu o país com infalível grandeza, dignidade e decência e esperemos que possa continuar durante muito mais tempo".


Isabel foi coroada em 1953. Tinha 25 anos (nasceu a 21 de Abril de 1926). Era terceira na linha de sucessão, mas, sem esperar, esse dia rapidamente chegou. Depois da morte do seu avó Jorge V, assumiu o trono Eduardo VIII, que resignou para casar com a mulher que amou. Depois, a morte prematura do pai rei Jorge VI levou-a ao trono. Nesse mesmo ano, a Coreia estava em guerra, Stalin estava aos comandos da União Soviética e o Reino Unido anunciou que tinha a bomba atómica. Já estava casada com o príncipe Filipe, hoje com 94 anos, com quem teve quatro filhos (Carlos, Ana, André e Eduardo).


Desde que se tornou rainha conheceu 12 primeiros-ministros, tendo começado com Winston Churchill. Também conheceu, segundo a Reuters, 12 presidentes dos Estados Unidos da América de Truman a Obama.


Não apenas tem o reinado mais longo, mas, segundo uma sondagem publicada pelo Sunday Times esta semana, é considerada pelos britânicos a maior, à frente de Isabel I e Victoria, rainha do Império britânico. Hoje o "império" tem 16 reinos, incluindo Austrália e Canadá, abrangidos pela Commonwealth. A rainha é, por inerência, quem assume a presidência desta organização de países anglófonos. Além desta função, cabe à rainha nomear o primeiro-ministro de acordo com o resultado das eleições. Todos os anos a abertura da sessão parlamentar é marcada pela presença da rainha.

Isabel II, como referiu a própria, passou por vários marcos. A reconstrução do país depois da Segunda Guerra Mundial foi apenas um deles. A vida da família real também não tem deixado um legado fácil para a rainha. O ano de 1997 fica marcado pela morte da princesa Diana, já separada do príncipe Carlos. Actualmente, aos 89 anos, a maior parte das funções oficiais, marcadas pela presença em cerimónias e visitas oficiais, cabe aos filhos e netos.


A fortuna pessoal está avaliada em 425 milhões de dólares (75 milhões em investimentos, 160 milhões de activos herdados da rainha-mãe, 110 milhões em propriedades, 75 milhões de uma colecção de selos), de acordo com a Bloomberg, ou seja, apenas 3% do britânico mais rico, Gerald Grosvenor, duque de Westminster. Como recorda a Bloomberg, no livro "Isabel, a Rainha", Sally Bedell Smith escrevia: "a rainha não é tão rica como se imagina". Apesar disso, a monarquia é das instituições mais valiosas. Está avaliada em 57 mil milhões de libras (cerca de 87 mil milhões de dólares) para o Reino Unido, de acordo com um relatório de avaliação de marcas da Brand Finance. O valor inclui o contributo para a economia através por exemplo do turismo.

Além disso, os 20 mil milhões de libras de bens físicos, incluindo o Palácio de Buckingham, as jóias reais e a colecção de arte real, não são propriedade da rainha mas estão sob custódia da família real. 

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