Notícia
Impasse na Grécia agrava risco de nova crise no euro
O governo grego fez progressos, mas insuficientes, concluiu o Eurogrupo. O pedido de empréstimo de Atenas ao Banco Mundial pode complicar ainda mais a sustentabilidade da dívida grega.
Os ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) voltaram a pedir mais esforços ao governo grego, depois de terem renovado a conclusão de que persiste uma distância ainda significativa entre o que prometido e o efectivamente implementado pelo governo de Alexis Tsipras a troco do terceiro resgate internacional, negociado no Verão de 2015.
A nova expectativa é que um acordo possa ser fechado no início de Abril. Sem "luz verde" dos credores, Atenas continuará sem receber novas transferências e, seguramente, os níveis de alerta passarão de laranja a vermelho em Julho, altura em que a Grécia tem de pagar cerca de sete mil milhões de euros de títulos de dívida que chegam à maturidade e que estão nas mãos do BCE.
"As conversações vão ser intensificadas e focadas em reformas estruturais do mercado de trabalho e do sistema pensionista", afirmou Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, no final da reunião desta segunda-feira, 20 de Março, ao frisar que "algumas questões-chave ainda precisam ser resolvidas". Sobre a possibilidade de um acordo em Abril, o holandês foi, de novo, prudente: "Não há garantias, mas todos temos noção do sentido de urgência".
No entendimento dos técnicos da troika, não obstante ter feitos progressos assinaláveis a Grécia continua a enfrentar problemas estruturais graves que comprometem a viabilidade financeira do Estado, em particular na capacidade de arrecadação de impostos e no sistema pensionista. Segundo o FMI, metade dos assalariados gregos está isento de impostos sobre o rendimento, o défice do sistema pensionista está em máximos (10,5% do PIB, quase quatro vezes mais do que a média na Zona Euro) e as dívidas fiscais ao Estado representam 70% do PIB.
Questionado sobre o recente pedido grego de mais um empréstimo, agora ao Banco Mundial (que normalmente apoia os países em desenvolvimento), o presidente do Eurogrupo disse que, sendo essa uma decisão que cabe à Grécia, os parceiros europeus terão de ser envolvidos nas conversações na medida em que este novo crédito (três mil milhões de dólares foi o valor pedido por Atenas) pode complicar ainda mais a sustentabilidade (ou seja, a capacidade de Atenas pagar) a já pesada dívida acumulada pelo país.
Desde 2010, a Grécia pediu três resgates internacionais, no valor aproximado de 240 mil milhões de euros. O último foi no Verão de 2015 e está, por ora, a ser exclusivamente financiado pelos países do euro, porque o FMI exige mais reformas a Atenas e mais alívio da dívida grega aos europeus.
A nova expectativa é que um acordo possa ser fechado no início de Abril. Sem "luz verde" dos credores, Atenas continuará sem receber novas transferências e, seguramente, os níveis de alerta passarão de laranja a vermelho em Julho, altura em que a Grécia tem de pagar cerca de sete mil milhões de euros de títulos de dívida que chegam à maturidade e que estão nas mãos do BCE.
No entendimento dos técnicos da troika, não obstante ter feitos progressos assinaláveis a Grécia continua a enfrentar problemas estruturais graves que comprometem a viabilidade financeira do Estado, em particular na capacidade de arrecadação de impostos e no sistema pensionista. Segundo o FMI, metade dos assalariados gregos está isento de impostos sobre o rendimento, o défice do sistema pensionista está em máximos (10,5% do PIB, quase quatro vezes mais do que a média na Zona Euro) e as dívidas fiscais ao Estado representam 70% do PIB.
Questionado sobre o recente pedido grego de mais um empréstimo, agora ao Banco Mundial (que normalmente apoia os países em desenvolvimento), o presidente do Eurogrupo disse que, sendo essa uma decisão que cabe à Grécia, os parceiros europeus terão de ser envolvidos nas conversações na medida em que este novo crédito (três mil milhões de dólares foi o valor pedido por Atenas) pode complicar ainda mais a sustentabilidade (ou seja, a capacidade de Atenas pagar) a já pesada dívida acumulada pelo país.
Desde 2010, a Grécia pediu três resgates internacionais, no valor aproximado de 240 mil milhões de euros. O último foi no Verão de 2015 e está, por ora, a ser exclusivamente financiado pelos países do euro, porque o FMI exige mais reformas a Atenas e mais alívio da dívida grega aos europeus.