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Governo escocês congela segundo referendo à independência
Sturgeon diz que a "prioridade" é manter o Reino Unido no mercado único, pelo que aguardará até ao Outono de 2018, altura em que as negociações do Brexit deverão estar concluídas, para reavaliar um segundo referendo independentista.
A chefe do governo autónomo escocês, Nicola Sturgeon (na foto), anunciou nesta terça-feira, 27 de Junho, a decisão de suspender a proposta de lei para a realização de um segundo referendo à independência do país.
Numa declaração na assembleia regional de Holyrood, a líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) afirmou que iria "reiniciar" o processo e fazer uma nova avaliação à medida e aguardar até ao Outono de 2018, altura em que as negociações do Brexit deverão estar concluídas, para avaliar uma decisão.
"Não vamos introduzir legislação para um referendo sobre a independência imediatamente", anunciou.
A prioridade do governo escocês, vincou, será de manter o Reino Unido no mercado único europeu no quadro das negociações do 'Brexit'.
Porém, acrescentou, o executivo "continua fortemente empenhado no princípio de oferecer à Escócia a escolha no fim deste processo".
Nicola Sturgeon tinha prometido em Março realizar um segundo referendo à independência da Escócia entre o fim de 2018 e o início de 2019 para dar aos escoceses uma opção sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
O SNP fez campanha contra o 'Brexit' e a maioria dos eleitores escoceses votou contra a saída, que foi votada por 52% dos eleitores britânicos no referendo de 23 de junho de 2016.
Entretanto, Sturgeon também admitiu a necessidade de reavaliar a posição sobre a independência após o resultado das eleições legislativas de Junho, que decretou a perda de 21 dos 54 deputados que possuía, todos para partidos que se opõem à independência.