Notícia
Escócia vai preparar novo referendo sobre independência do Reino Unido
O governo regional quer organizar uma nova consulta popular, logo que se conheçam os resultados da negociação do Brexit, e acredita que desta vez a opção pela independência vai prevalecer.
A primeira-ministra escocesa, Nicolas Sturgeon, confirmou nesta segunda-feira, 13 de Março, que o seu Governo irá avançar com os preparativos jurídicos para realizar um novo referendo sobre a independência face ao Reino Unido, e que quer esse rumo votado no parlamento regional já na próxima semana.
"Em tempos de incerteza, como os actuais, o instinto para não fazer nada e ficar à espera que prevaleça o melhor é compreensível. Mas, na minha perspectiva, não é a opção certa. Em tempos como os de hoje, torna-se ainda mais importante ter um plano claro e tentar, o mais possível, controlar os eventos e não ficar apenas à mercê destes", argumenta Sturgeon.
A intenção da chefe de governo passa por realizar a consulta pública em torno da opção de a Escócia se manter ou não como parte integrante do Reino Unido logo estejam concluídas as negociações de saída da União Europeia, para que os escoceses possam avaliar se ficarão melhor fora da UE mas dentro do Reino Unido ou fora deste mas na UE. Isso significa que os escoceses poderão ser chamados a decidir o futuro do país no final de 2018 ou início de 2019, escassos quatro anos após o último referendo independentista.
Ao contrário de Inglaterra e do País de Gales, a Escócia (assim como a Irlanda do Norte) votou a favor da permanência do Reino Unido na UE no referendo de 23 de Junho passado que ditou o "Brexit".
Já na semana passada, a chefe do governo regional e líder do Partido Nacional Escocês (SNP) havia referido a possibilidade de um novo referendo independentista ser marcado para 2018, depois de ter criticado a falta de abertura do governo britânico de Theresa May para envolver adequadamente a Escócia na negociação do processo de divórcio da UE. Persistem, porém, dúvidas sobre se Sturgeon precisará da autorização prévia de Londres para convocar um segundo referendo. E mesmo no parlamento escocês, essa autorização não está garantida: com 63 assentos, o SNP não tem maioria mas a primeira-ministra diz contar com, pelo menos, os seis votos dos deputados dos Verdes.
A Escócia organizou um referendo de independência em Setembro de 2014, no qual 55% dos eleitores optaram pela permanência e 45% pela separação do Reino Unido.
O governo de Londres e o escocês, a favor da independência, concordaram que a questão estava afastada por pelo menos uma geração, mas agora o SNP considera que circunstâncias mudaram com o "Brexit". Sturgeon acredita que haverá agora uma maioria a favor de uma Escócia plenamente soberana.
(notícia actualizada às 13h00)
"Em tempos de incerteza, como os actuais, o instinto para não fazer nada e ficar à espera que prevaleça o melhor é compreensível. Mas, na minha perspectiva, não é a opção certa. Em tempos como os de hoje, torna-se ainda mais importante ter um plano claro e tentar, o mais possível, controlar os eventos e não ficar apenas à mercê destes", argumenta Sturgeon.
Ao contrário de Inglaterra e do País de Gales, a Escócia (assim como a Irlanda do Norte) votou a favor da permanência do Reino Unido na UE no referendo de 23 de Junho passado que ditou o "Brexit".
Já na semana passada, a chefe do governo regional e líder do Partido Nacional Escocês (SNP) havia referido a possibilidade de um novo referendo independentista ser marcado para 2018, depois de ter criticado a falta de abertura do governo britânico de Theresa May para envolver adequadamente a Escócia na negociação do processo de divórcio da UE. Persistem, porém, dúvidas sobre se Sturgeon precisará da autorização prévia de Londres para convocar um segundo referendo. E mesmo no parlamento escocês, essa autorização não está garantida: com 63 assentos, o SNP não tem maioria mas a primeira-ministra diz contar com, pelo menos, os seis votos dos deputados dos Verdes.
A Escócia organizou um referendo de independência em Setembro de 2014, no qual 55% dos eleitores optaram pela permanência e 45% pela separação do Reino Unido.
O governo de Londres e o escocês, a favor da independência, concordaram que a questão estava afastada por pelo menos uma geração, mas agora o SNP considera que circunstâncias mudaram com o "Brexit". Sturgeon acredita que haverá agora uma maioria a favor de uma Escócia plenamente soberana.
(notícia actualizada às 13h00)