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FMI adverte para efeitos do Brexit na economia alemã
Na apresentação do relatório sobre a economia alemã, a chefe da missão ao país, Enrica Detragiache, assegura que "as mudanças entre as duas maiores economias europeias não vão passar despercebidas".
A saída do Reino Unido da União Europeia poderia afectar negativamente a economia alemã e poderia obrigar a uma revisão em baixa do Produto Interno Bruto da "locomotiva europeia", advertiu, na quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na apresentação do relatório sobre a economia alemã, a chefe da missão ao país, Enrica Detragiache, assegura que "as mudanças entre as duas maiores economias europeias não vão passar despercebidas".
Enrica Detragiache afirmou que o FMI pondera uma revisão em baixa das previsões de crescimento da Alemanha que, para este ano, se situa em 1,7%, segundo os cálculos do FMI.
A instituição considera que a Alemanha, a maior economia da União Europeia, a par com o Reino Unido, vai ver o crescimento abrandar para 1,5% em 2017, apesar de estas previsões não terem ainda em conta a saída do Reino Unido do bloco, após a vitória, no referendo de 23 de Junho, do chamado "Brexit".
"O ritmo de crescimento manteve-se estável graças à forte procura interna, que compensou a debilidade da procura externa", indica o relatório anual do FMI.
A Alemanha conseguiu manter a inflação em torno de 1% e promover um consumo apoiado na força do mercado laboral, os baixos preços da energia e um aumento do crédito, refere.
Contudo, a incerteza gerada pelo resultado do referendo no Reino Unido pode afectar as previsões positivas, enquanto "o envelhecimento da população e o influxo de refugiados são desafios a ter em conta", alerta o FMI.