O endividamento do Estado, empresas não financeiras e famílias aumentou em Abril para os 709 mil milhões de euros, segundo números actualizados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. A maior fatia da dívida continua nos particulares.

Segundo o banco central, em Abril, os 709 milhões de euros repartiam-se entre 301,4 mil milhões referentes a dívida do sector público e 407,6 mil milhões do sector privado. Aqui, por seu turno, são as empresas não financeiras quem tomam a dianteira.

Olhando sector a sector, a maior concentração de empréstimos está na construção e actividades imobiliárias, seguida pelo comércio. Por dimensão, são as grandes empresas quem são responsáveis pela maior parte do endividamento privado (cerca de 31% do total). As micro-empresas representam, por seu turno, 26% do endividamento das empresas privadas.

 

No espaço de um mês, quando comparado com Março, o nível global de dívida sector público não financeiro subiu 3,5 mil milhões de euros, um valor que fica a dever-se, sobretudo, ao acréscimo de 3,2 mil milhões de euros no endividamento do sector público não financeiro, assinala o Banco de Portugal. Os novos empréstimos foram contraídos sobretudo junto da banca nacional. 

O elevado nível de endividamento da economia portuguesa é apontado como um dos constrangimentos ao crescimento da economia nacional, como ainda esta quarta-feira foi assinalado pela troika.