Notícia
Costa sobre Ucrânia: "Portugal nunca teve posição ambígua desde madrugada de 24 de fevereiro"
António Costa e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, receberam hoje durante todo o dia os partidos com representação parlamentar para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.
17 de Junho de 2022 às 22:13
O primeiro-ministro defendeu hoje que Portugal "nunca teve uma posição ambígua" quanto à Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia, e alertou que o processo de integração europeia "vai ser longo, incerto e muito exigente".
António Costa e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, receberam hoje durante todo o dia os partidos com representação parlamentar para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.
No final, e perante uma posição favorável "quase unânime" de todos os partidos, o primeiro-ministro anunciou que Portugal irá acompanhar o parecer da Comissão Europeia para que seja concedido à Ucrânia e à Moldova o estatuto de países candidatos à União Europeia.
"Este é só um primeiro passo que exige preenchimento de múltiplas condições. Confirma o que sempre dissemos, que vai ser um processo longo, incerto e muito exigente", apontou.
O primeiro-ministro realçou que, tendo em conta a previsível morosidade do processo, "não se pode descurar o que a Ucrânia necessita no imediato: reforço do apoio financeiro, militar e humanitário".
Questionado se a posição de Portugal é agora mais clara e menos ambígua, Costa recusou essa classificação. "Portugal nunca teve uma posição ambigua desde a madrugada de 24 de fevereiro. Não fomos ambíguos na condenação absoluta da guerra, não fomos ambíguos na forma como temos apoiado a Ucrânia do ponto de vista financeiro, militar, político e humanitário", defendeu.
O primeiro-ministro salientou que Portugal foi claro quando apontou que a primeira condição para responder se a Ucrânia devia ou não ter estatuto de candidato era aguardar pelo parecer da Comissão Europeia. "A Comissão Europeia hoje apresentou o parecer, esse parecer é claro e inequívoco em enunciar um conjunto de condições que estes países vão ter de preencher e confirma o que, sem ambiguidades, sempre dissemos: este processo vai ser longo, vai ser exigente, vai ser incerto", afirmou.
António Costa realçou que disse o mesmo ao presidente da Ucrânia, quando esteve em Kiev, e aos restantes parceiros europeus. "É fundamental que todos os países que acompanhem este parecer o façam de boa-fé e de corpo inteiro e não se gerem as tais falsas expectativas que podem ter, no futuro, um efeito de ricochete na credibilidade europeia e na confiança que os ucranianos têm na União Europeia", apelou.
Costa realçou que, no passado, processos semelhantes geraram "incompreensões relativamente" à UE. "Por isso dizemos que, acompanhando o parecer da Comissão, não podemos desfocar do essencial: responder à emergência que a Ucrânia e os ucranianos estão a viver", disse, salientando que o estatuto de candidato "não resolve nenhum problema concreto".
António Costa e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, receberam hoje durante todo o dia os partidos com representação parlamentar para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.
"Este é só um primeiro passo que exige preenchimento de múltiplas condições. Confirma o que sempre dissemos, que vai ser um processo longo, incerto e muito exigente", apontou.
O primeiro-ministro realçou que, tendo em conta a previsível morosidade do processo, "não se pode descurar o que a Ucrânia necessita no imediato: reforço do apoio financeiro, militar e humanitário".
Questionado se a posição de Portugal é agora mais clara e menos ambígua, Costa recusou essa classificação. "Portugal nunca teve uma posição ambigua desde a madrugada de 24 de fevereiro. Não fomos ambíguos na condenação absoluta da guerra, não fomos ambíguos na forma como temos apoiado a Ucrânia do ponto de vista financeiro, militar, político e humanitário", defendeu.
O primeiro-ministro salientou que Portugal foi claro quando apontou que a primeira condição para responder se a Ucrânia devia ou não ter estatuto de candidato era aguardar pelo parecer da Comissão Europeia. "A Comissão Europeia hoje apresentou o parecer, esse parecer é claro e inequívoco em enunciar um conjunto de condições que estes países vão ter de preencher e confirma o que, sem ambiguidades, sempre dissemos: este processo vai ser longo, vai ser exigente, vai ser incerto", afirmou.
António Costa realçou que disse o mesmo ao presidente da Ucrânia, quando esteve em Kiev, e aos restantes parceiros europeus. "É fundamental que todos os países que acompanhem este parecer o façam de boa-fé e de corpo inteiro e não se gerem as tais falsas expectativas que podem ter, no futuro, um efeito de ricochete na credibilidade europeia e na confiança que os ucranianos têm na União Europeia", apelou.
Costa realçou que, no passado, processos semelhantes geraram "incompreensões relativamente" à UE. "Por isso dizemos que, acompanhando o parecer da Comissão, não podemos desfocar do essencial: responder à emergência que a Ucrânia e os ucranianos estão a viver", disse, salientando que o estatuto de candidato "não resolve nenhum problema concreto".