Notícia
Costa reunido em Lisboa com mais seis líderes da Europa do Sul
O primeiro-ministro português é o anfitrião no encontro que hoje reúne sete países do Sul da Europa em Lisboa. O objectivo é falar a uma só voz sobre temas como segurança e imigração, que, na opinião do Governo português, têm de andar de mão dada com a convergência económica.
28 de Janeiro de 2017 às 11:50
A cimeira de países do sul da Europa arrancou este sábado, pouco depois das 11:00, em Lisboa, com a participação do primeiro-ministro, António Costa, e dos chefes de Estado e de Governo de Chipre, Espanha, França, Grécia, Itália e Malta.
Durante o encontro, os dirigentes dos sete países vão procurar concertar posições sobre o futuro da União Europeia (UE), no contexto da saída do Reino Unido, focando-se nos temas das migrações, segurança e defesa e a união económica e monetária.
Citado pelo jornal Público, o ministro dos Negócios Estrangeiro Augusto Santos Silva sinta o objectivo deste encontro: "Os últimos anos mostraram que a União Europeia tem de aprofundar a segurança, tem de lutar contra o terrorismo e tem de adoptar uma política migratória, mas nenhuma destas questões pode ser resolvida em vez da frente económica". O ministro adianta que "os sete [países] são sensíveis ao facto de que a zona económica europeia, para vencer, não pode continuar a ser uma zona que favoreça a divergência".
Ainda em declarações ao Público, Santos Silva mostra-se optimista ao destacar "um consenso" que se vai formando "entre a família social-democrata e a família democrata-cristã, em torno da necessidade de completar a União Económica e introduzir medidas de reforma do euro". Talvez como exemplo disso seja a presença do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que lidera um governo conservador e que esteve ausente do primeiro encontro dos países do Sul.
O anfitrião, António Costa, foi o primeiro a chegar, pelas 10:35, ao CCB, onde decorre a cimeira, aguardando os restantes dignitários.
Poucos minutos depois, chegou ao local o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Seguiram-se Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta - país que exerce a presidência do Conselho da UE neste semestre -; o Presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras; o chefe do Governo de Itália, Paolo Gentiloni e, por fim, o Presidente do Chipre, Nikos Anastasiades. Nenhum dos dirigentes prestou declarações à entrada.
O Governo português pretende preparar as próximas cimeiras informais, previstas para o próximo dia 03 na capital maltesa, La Valletta, e para Roma, a 24 e 25 de Março, ocasião que culmina o roteiro traçado em Setembro passado em Bratislava, assinalando o 60.º aniversário da assinatura dos tratados fundadores da construção europeia.
A cimeira de Bratislava, em Setembro de 2016, traçou um roteiro para reflectir sobre o futuro da UE, que pela primeira vez vai perder um Estado-membro - o Reino Unido, que deverá accionar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa até ao final de Março, desencadeando assim o processo de saída do bloco comunitário.
Os dirigentes europeus estabeleceram, então, um prazo de seis meses para dar um novo fôlego à União Europeia, impulsionado por França e pela Alemanha, desejosas de mostrarem a sua união para ultrapassar o 'Brexit'.
As prioridades incluem a protecção das fronteiras exteriores, a luta contra o terrorismo e o relançamento da defesa europeia.
Esta é a segunda cimeira deste grupo de países, mas a primeira em que participam todos os dirigentes, já que na primeira reunião, em Setembro em Atenas, o chefe do executivo espanhol não participou por estar em governo de gestão.
Segundo fonte do gabinete do primeiro-ministro, o objectivo não é constituir "um clube à parte", mas procurar uma "concertação de posições" entre países que partilham "uma perspectiva comum sobre vários temas da agenda europeia".
Durante o encontro, os dirigentes dos sete países vão procurar concertar posições sobre o futuro da União Europeia (UE), no contexto da saída do Reino Unido, focando-se nos temas das migrações, segurança e defesa e a união económica e monetária.
Ainda em declarações ao Público, Santos Silva mostra-se optimista ao destacar "um consenso" que se vai formando "entre a família social-democrata e a família democrata-cristã, em torno da necessidade de completar a União Económica e introduzir medidas de reforma do euro". Talvez como exemplo disso seja a presença do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que lidera um governo conservador e que esteve ausente do primeiro encontro dos países do Sul.
O anfitrião, António Costa, foi o primeiro a chegar, pelas 10:35, ao CCB, onde decorre a cimeira, aguardando os restantes dignitários.
Poucos minutos depois, chegou ao local o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Seguiram-se Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta - país que exerce a presidência do Conselho da UE neste semestre -; o Presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras; o chefe do Governo de Itália, Paolo Gentiloni e, por fim, o Presidente do Chipre, Nikos Anastasiades. Nenhum dos dirigentes prestou declarações à entrada.
O Governo português pretende preparar as próximas cimeiras informais, previstas para o próximo dia 03 na capital maltesa, La Valletta, e para Roma, a 24 e 25 de Março, ocasião que culmina o roteiro traçado em Setembro passado em Bratislava, assinalando o 60.º aniversário da assinatura dos tratados fundadores da construção europeia.
A cimeira de Bratislava, em Setembro de 2016, traçou um roteiro para reflectir sobre o futuro da UE, que pela primeira vez vai perder um Estado-membro - o Reino Unido, que deverá accionar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa até ao final de Março, desencadeando assim o processo de saída do bloco comunitário.
Os dirigentes europeus estabeleceram, então, um prazo de seis meses para dar um novo fôlego à União Europeia, impulsionado por França e pela Alemanha, desejosas de mostrarem a sua união para ultrapassar o 'Brexit'.
As prioridades incluem a protecção das fronteiras exteriores, a luta contra o terrorismo e o relançamento da defesa europeia.
Esta é a segunda cimeira deste grupo de países, mas a primeira em que participam todos os dirigentes, já que na primeira reunião, em Setembro em Atenas, o chefe do executivo espanhol não participou por estar em governo de gestão.
Segundo fonte do gabinete do primeiro-ministro, o objectivo não é constituir "um clube à parte", mas procurar uma "concertação de posições" entre países que partilham "uma perspectiva comum sobre vários temas da agenda europeia".