Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Costa faz frente a Trump e diz que UE terá papel central na segurança da região

Presidente do Conselho Europeu sublinha que Bruxelas tem de ser parceiro à mesa das negociações sobre o processo negocial com vista ao fim da guerra na Ucrânia e defende uma nova "arquitetura de segurança" da região.

17 de Fevereiro de 2025 às 13:28
  • ...

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defende que a União Europeia (UE) e os seus Estados-membros terão um papel "central" no processo de paz para a Ucrânia e a segurança na região e que estamos no início do caminho.

Numa publicação nas redes sociais, a poucas horas da reunião convocada pelo presidente francês sobre segurança, Costa escreveu que "este é o início de um processo, que continuará com o envolvimento de todos os parceiros empenhados na paz e na segurança na Europa", referindo-se à situação na Ucrânia e à segurança no Velho Continente. O presidente do Conselho Europeu acrescenta que a "União Europeia e os seus Estados-membros desempenharão um papel central neste processo."

This is the beginning of a process, that will continue with the involvement of all the partners committed to peace and security in Europe. The European Union and its Member States will play a central role in this process.

— António Costa (@eucopresident.consilium.europa.eu) February 17, 2025 at 12:49 PM

A nota de Costa segue-se ao anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de iniciar conversações com o homólogo russo Vladimir Putin para pôr fim à guerra de quase três anos na Ucrânia. A publicação nas redes sociais surge poucas horas depois de, em declarações ao Financial Times, Costa ter insistido que a UE deve participar nas negociações com Moscovo sobre o fim do conflito, a fim de definir a futura arquitetura de segurança da Europa.

O encontro de Paris ocorre numa altura em que a diplomacia europeia e russa se preparam para negociações na Arábia Saudita. De recordar que, na semana passada, Trump anunciou conversações bilaterais com o Kremlin para pôr fim à guerra, mas sugerindo que a UE poderia ficar de fora. "Se Trump quer realmente que os europeus assumam maior responsabilidade pela sua própria segurança, então é claro que os europeus têm de ser o ator principal na conceção da nova arquitetura de segurança", afirmou Costa ao Financial Times.

"As negociações sobre a nova arquitetura de segurança têm de ter em conta que a Rússia é uma ameaça global e não apenas uma ameaça para a Ucrânia", afirmou o ex-primeiro- ministro português nas declarações ao diário britânico à margem do encontro de segurança que decorreu este fim-de-semana em Munique.

No sábado, o enviado especial de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, afirmou que os países europeus não teriam "um lugar à mesa" nas negociações para a paz na Ucrânia e na definição de prioridades do pós-guerra, mas que as suas opiniões poderiam ser tidas em conta.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio