Notícia
Costa e Von der Leyen pedem acordo célere no plano de recuperação da UE
O primeiro-ministro português e a presidente da Comissão Europeia trocaram elogios ao trabalho desenvolvido por cada um e pediram um acordo rápido sobre o plano de recuperação da União Europeia para não retirar tempo aos países na resposta às crises sanitária, económica e social.
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António Costa e Ursula von der Leyen mostraram-se perfeitamente alinhados quanto à necessidade de haver um acordo rápido que permita colocar o quanto antes no terreno a bazuca de 1,8 biliões de euros com que a União Europeia pretende responder aos efeitos provocados pela covid-19.
Depois de uma conversa de cerca de 40 minutos em São Bento, o primeiro-ministro e a presidente da Comissão Europeia começaram por dirigir-se aos jornalistas fazendo elogios mútuos.
Costa elogiou a forma "exemplar" como Von der Leyen tem liderado o órgão executivo da União "num momento tão difícil", sem esquecer o "impulso" dado pela Comissão para que os líderes europeus chegassem a acordo para um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros financiado pela emissão de dívida conjunta. Agradeceu ainda o "trabalho conjunto tão frutuoso" até aqui levado a cabo.
Já a alemã defendeu que "Portugal é um modelo de como definir um rumo", sublinhando as medidas do país adotadas no sentido da descarbonização da economia.
Von der Leyen mostrou ainda agrado pela aposta que Portugal quer fazer na dimensão social. De seguida Costa revelou que a presidência portuguesa da UE, que será assumida a 1 de janeiro próximo, Portugal "elegeu como prioridade o desenvolvimento do pilar social da UE e que é condição fundamental para reforçarmos a nossa capacidade na saúde, no apoio aos mais velhos e aos mais jovens".
"A Europa é a única região do mundo que tem este elemento: Uma economia social de mercado", congratulou-se Ursula von der Leyen garantindo ser este o "caminho certo".
Numa altura em que cresce a apreensão quanto ao facto de a negociação em torno do plano de recuperação estar a marcar passo nas discussões em curso entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu, e em que a Comissão participa com um papel "neutral", a dirigente europeia reconheceu que se trata de "negociações duras, feitas com muita intensidade".
Contudo, quanto à possibilidade de não haver acordo até ao fim do ano, o que atrasaria a chegada ao terreno dos dinheiros comunitários, Von der Leyen reconheceu que "não há muito tempo" e declarou ser por isso mesmo que a Comissão está "a trabalhar" com os governos desde "há algumas semanas" para adiantar trabalho.
"Precisamos da aprovação o mais rapidamente possível", acrescentou António Costa lembrando que os passos mais difíceis já foram dados, e que consistem na "proposta tão ousada" da Comissão e no facto de o Conselho "ter aprovado um acordo que muitos consideravam impossível".
Na linha do que foi dito pela líder da Comissão, Costa defendeu que os países devem desde já preparar-se para executar os fundos logo que estes estejam disponíveis.
O português lembrou que enquanto isso não acontece, a ação resoluta da Comissão permitiu já desbloquear, no âmbito do mecanismo SURE de apoio ao emprego, 5,9 mil milhões de euros. Costa espeta que os eurodeputados e o Conselho Europeu não ponham em causa a "capacidade de resposta que a Comissão Europeia tem revelado".
Na semana em que acontece nova ronda negocial entre a UE e o Reino Unido com vista a um acordo de parceria política e económica, tanto Costa como Von der Leyen mostram confiança de que, apesar dos sinais em sentido contrário, será ainda possível às partes alcançar um acordo em tempo útil e que permita ratificar um tratado antes do final do ano.
Depois desta conferência de imprensa, seguiu-se um jantar de trabalho entre ambos que antecede a apresentação que amanhã farão dos planos de recuperação de Portugal e da UE. Na terça-feira, Costa e Von der Leyen terão um almoço de trabalho com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que antecede a participação da alemã na reunião do Conselho de Estado que tem lugar amanhã à tarde.
(Notícia atualizada)
Depois de uma conversa de cerca de 40 minutos em São Bento, o primeiro-ministro e a presidente da Comissão Europeia começaram por dirigir-se aos jornalistas fazendo elogios mútuos.
Já a alemã defendeu que "Portugal é um modelo de como definir um rumo", sublinhando as medidas do país adotadas no sentido da descarbonização da economia.
Von der Leyen mostrou ainda agrado pela aposta que Portugal quer fazer na dimensão social. De seguida Costa revelou que a presidência portuguesa da UE, que será assumida a 1 de janeiro próximo, Portugal "elegeu como prioridade o desenvolvimento do pilar social da UE e que é condição fundamental para reforçarmos a nossa capacidade na saúde, no apoio aos mais velhos e aos mais jovens".
"A Europa é a única região do mundo que tem este elemento: Uma economia social de mercado", congratulou-se Ursula von der Leyen garantindo ser este o "caminho certo".
Numa altura em que cresce a apreensão quanto ao facto de a negociação em torno do plano de recuperação estar a marcar passo nas discussões em curso entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu, e em que a Comissão participa com um papel "neutral", a dirigente europeia reconheceu que se trata de "negociações duras, feitas com muita intensidade".
Contudo, quanto à possibilidade de não haver acordo até ao fim do ano, o que atrasaria a chegada ao terreno dos dinheiros comunitários, Von der Leyen reconheceu que "não há muito tempo" e declarou ser por isso mesmo que a Comissão está "a trabalhar" com os governos desde "há algumas semanas" para adiantar trabalho.
"Precisamos da aprovação o mais rapidamente possível", acrescentou António Costa lembrando que os passos mais difíceis já foram dados, e que consistem na "proposta tão ousada" da Comissão e no facto de o Conselho "ter aprovado um acordo que muitos consideravam impossível".
Na linha do que foi dito pela líder da Comissão, Costa defendeu que os países devem desde já preparar-se para executar os fundos logo que estes estejam disponíveis.
O português lembrou que enquanto isso não acontece, a ação resoluta da Comissão permitiu já desbloquear, no âmbito do mecanismo SURE de apoio ao emprego, 5,9 mil milhões de euros. Costa espeta que os eurodeputados e o Conselho Europeu não ponham em causa a "capacidade de resposta que a Comissão Europeia tem revelado".
Na semana em que acontece nova ronda negocial entre a UE e o Reino Unido com vista a um acordo de parceria política e económica, tanto Costa como Von der Leyen mostram confiança de que, apesar dos sinais em sentido contrário, será ainda possível às partes alcançar um acordo em tempo útil e que permita ratificar um tratado antes do final do ano.
Depois desta conferência de imprensa, seguiu-se um jantar de trabalho entre ambos que antecede a apresentação que amanhã farão dos planos de recuperação de Portugal e da UE. Na terça-feira, Costa e Von der Leyen terão um almoço de trabalho com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que antecede a participação da alemã na reunião do Conselho de Estado que tem lugar amanhã à tarde.
(Notícia atualizada)