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Conselho Europeu adia para dezembro discussão sobre meta climática
"O Conselho Europeu retomará a questão na sua reunião de dezembro, a fim de concordar numa nova meta para 2030", referem as conclusões da cimeira relativamente ao clima.
15 de Outubro de 2020 às 23:24
O Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira que retomará em dezembro o debate sobre uma nova meta climática para 2030, sublinhando que a União Europeia (UE) precisa de aumentar a sua ambição "para atingir a neutralidade climática em 2050".
"O Conselho Europeu retomará a questão na sua reunião de dezembro, a fim de concordar numa nova meta para 2030", referem as conclusões da cimeira relativamente ao clima.
No documento, partilhado nas redes sociais pelo porta-voz do Conselho, é referido que, até dezembro, o Conselho "convida a Comissão Europeia a levar a cabo consultas aprofundadas com os Estados-membros para avaliar as situações específicas e fornecer mais informação sobre o impacto que [a nova meta] poderá ter ao nível dos Estados-membros".
O Conselho, reunido em cimeira até sexta-feira, reconhece, no entanto, que, para se atingir o objetivo de neutralidade climática até 2050, "a UE precisa de aumentar a sua ambição na próxima década e atualizar a atual política energética e climática", sublinhando também que discutiu "a proposta da Comissão Europeia de reduzir pelo menos em 55% as emissões até 2030".
Certos Estados-membros, como a Polónia e a República Checa, mostram-se reticentes em aumentar a meta até 2030 relativamente aos níveis de 1990 -- a meta acordada pelos líderes dos 27 até agora era de diminuir as emissões em 40% até 2030 -- por terem indústrias demasiado dependentes em combustíveis fósseis.
À entrada para o Conselho Europeu, o primeiro-ministro checo, Andrej Babis, referiu que a República Checa "não conseguirá atingir" os 55% em 2030 mas que apoia a meta para o conjunto do continente europeu, sublinhando que "cada país tem uma combinação energética diferente".
Face à reticência destes Estados-membros, as conclusões do Conselho referem que "a nova meta tem de ser atingida coletivamente pela UE da maneira mais eficiente possível em termos de custos".
"Todos os Estados-membros irão participar neste esforço, tendo em conta as circunstâncias nacionais e considerações em termos de justiça e solidariedade", refere o documento.
A Comissão Europeia alterou, em setembro, a Lei Europeia do Clima, de maneira a estabelecer uma nova meta de 55% de cortes nas emissões de CO2 relativamente aos níveis de 1990.
Já o Parlamento Europeu (PE) votou, na semana passada, um corte de 60% até 2030, aumentando as ambições da Comissão Europeia.
"O Conselho Europeu retomará a questão na sua reunião de dezembro, a fim de concordar numa nova meta para 2030", referem as conclusões da cimeira relativamente ao clima.
O Conselho, reunido em cimeira até sexta-feira, reconhece, no entanto, que, para se atingir o objetivo de neutralidade climática até 2050, "a UE precisa de aumentar a sua ambição na próxima década e atualizar a atual política energética e climática", sublinhando também que discutiu "a proposta da Comissão Europeia de reduzir pelo menos em 55% as emissões até 2030".
Certos Estados-membros, como a Polónia e a República Checa, mostram-se reticentes em aumentar a meta até 2030 relativamente aos níveis de 1990 -- a meta acordada pelos líderes dos 27 até agora era de diminuir as emissões em 40% até 2030 -- por terem indústrias demasiado dependentes em combustíveis fósseis.
À entrada para o Conselho Europeu, o primeiro-ministro checo, Andrej Babis, referiu que a República Checa "não conseguirá atingir" os 55% em 2030 mas que apoia a meta para o conjunto do continente europeu, sublinhando que "cada país tem uma combinação energética diferente".
Face à reticência destes Estados-membros, as conclusões do Conselho referem que "a nova meta tem de ser atingida coletivamente pela UE da maneira mais eficiente possível em termos de custos".
"Todos os Estados-membros irão participar neste esforço, tendo em conta as circunstâncias nacionais e considerações em termos de justiça e solidariedade", refere o documento.
A Comissão Europeia alterou, em setembro, a Lei Europeia do Clima, de maneira a estabelecer uma nova meta de 55% de cortes nas emissões de CO2 relativamente aos níveis de 1990.
Já o Parlamento Europeu (PE) votou, na semana passada, um corte de 60% até 2030, aumentando as ambições da Comissão Europeia.