Notícia
Comissário europeu do comércio vai aos EUA para tentar reconciliação
O novo comissário europeu para o comércio, Phil Hogan, visitará os Estados Unidos para tentar reconciliar os velhos aliados na frente comercial.
Antes do Natal, o novo comissário europeu para o comércio teve a sua primeira chamada com o representante norte-americano para o comércio, Robert Lighthizer. Agora, no início do novo ano, Phil Hogan irá a Washington para tentar reatar as relações entre a União Europeia e os Estados Unidos.
A visita entre 14 e 16 de janeiro - que irá coincidir com o dia 15 em que EUA e China assinarão a 'fase um' o acordo comercial parcial - servirá para tentar reconciliar os dois blocos após as medidas (e ameaças) de protecionismo implementadas pelos EUA.
Em causa está, por exemplo, a recente ameaça norte-americana de impor tarifas aduaneiras a bens franceses avaliados em 2,4 mil milhões de dólares. "Irei à procura de restabelecer a relação comercial entre a UE e os EUA em assuntos como o aço e o alumínio e a ameaça de tarifas norte-americanas em resposta ao imposto digital na Europa [é o caso de França]", explicou Hogan esta semana em declarações ao Irish Times.
Foi a 2 de dezembro, um dia depois de Hogan se tornar comissário europeu do comércio, que os EUA queixaram-se de França, argumentando que o imposto sobre as gigantes tecnológicas é "discriminatório" por incidir maioritariamente sobre empresas norte-americanas como a Google, Apple e Amazon.
O responsável da Comissão Europeia pelo comércio explicou que não basta analisar os detalhes da questão e resolver os "irritantes" comerciais que possam existir. Para Phil Hogan é preciso que os dois blocos transatlânticos acordem sobre qual a orientação de uma "agenda comercial comum" a nível internacional.
Caso a ameaça seja cumprida, esta é a primeira vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, usa uma "arma" comercial específica que antes apenas tinha usado contra a China. Em declarações no Parlamento Europeu em dezembro, Phil Hogan garantiu que a UE irá reagir a "qualquer medida unilateral" que não esteja dentro das regras internacionais.
A perspetiva de deterioração da relação comercial com os EUA alarmou Bruxelas, levando os técnicos a preparar uma série de medidas para pôr em marcha caso Trump avance à margem do sistema internacional de resolução de conflitos comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual tem estado sob um impasse provocado pelos Estados Unidos.
Há quatro pontos "quentes" que estão no centro do conflito entre a UE e os EUA: o impasse no órgão de recurso da OMC por causa do bloqueio dos EUA na nomeação de novos membros; as tarifas norte-americanos a bens europeus após a decisão da OMC sobre o apoio estatal ilegal à Airbus (um processo semelhante decorre para a Boeing); as tarifas sobre o aço e alumínio europeus; e a ameaça contínua sobre os carros europeus.
A visita entre 14 e 16 de janeiro - que irá coincidir com o dia 15 em que EUA e China assinarão a 'fase um' o acordo comercial parcial - servirá para tentar reconciliar os dois blocos após as medidas (e ameaças) de protecionismo implementadas pelos EUA.
Foi a 2 de dezembro, um dia depois de Hogan se tornar comissário europeu do comércio, que os EUA queixaram-se de França, argumentando que o imposto sobre as gigantes tecnológicas é "discriminatório" por incidir maioritariamente sobre empresas norte-americanas como a Google, Apple e Amazon.
O responsável da Comissão Europeia pelo comércio explicou que não basta analisar os detalhes da questão e resolver os "irritantes" comerciais que possam existir. Para Phil Hogan é preciso que os dois blocos transatlânticos acordem sobre qual a orientação de uma "agenda comercial comum" a nível internacional.
Caso a ameaça seja cumprida, esta é a primeira vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, usa uma "arma" comercial específica que antes apenas tinha usado contra a China. Em declarações no Parlamento Europeu em dezembro, Phil Hogan garantiu que a UE irá reagir a "qualquer medida unilateral" que não esteja dentro das regras internacionais.
A perspetiva de deterioração da relação comercial com os EUA alarmou Bruxelas, levando os técnicos a preparar uma série de medidas para pôr em marcha caso Trump avance à margem do sistema internacional de resolução de conflitos comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual tem estado sob um impasse provocado pelos Estados Unidos.
Há quatro pontos "quentes" que estão no centro do conflito entre a UE e os EUA: o impasse no órgão de recurso da OMC por causa do bloqueio dos EUA na nomeação de novos membros; as tarifas norte-americanos a bens europeus após a decisão da OMC sobre o apoio estatal ilegal à Airbus (um processo semelhante decorre para a Boeing); as tarifas sobre o aço e alumínio europeus; e a ameaça contínua sobre os carros europeus.