Notícia
Bruxelas prepara tarifas sobre 20 mil milhões em importações dos EUA
Aviões, químicos, produtos agrícolas, peixe congelado e ketchup são alguns dos exemplos que se encontram na lista preliminar preparada pela Comissão Europeia. No entanto, ainda não é o momento de avançar. Bruxelas espera chegar a um acordo com os EUA.
A Comissão Europeia divulgou esta quarta-feira, 17 de abril, a lista preliminar de tarifas sobre importações norte-americanas que podem chegar aos 20 mil milhões de dólares. Em causa está o processo que decorre na Organização Mundial do Comércio (OMC) relativa à Boeing, a fabricante norte-americana de aviões, cujos subsídios estatais terão prejudicado a fabricante francesa Airbus. O processo inverso está a decorrer também, tendo os EUA ameaçado com tarifas sobre 11 mil milhões de dólares em importações europeias.
Segundo Bruxelas, a 11 de abril a OMC aprovou o relatório sobre a disputa da Boeing, confirmando que os subsídios norte-americanos continuam a causar "danos significativos" à Airbus, "incluindo perda de vendas". Tendo como base esta decisão da OMC, a Comissão decidiu lançar para consulta pública uma lista preliminar de produtos importados que podem vir a ser alvo de tarifas, mas a sua potencial aplicação ainda não será para já.
Consoante a decisão da OMC, a UE vai desenhar a lista final, mas o objetivo é evitar de todo um confronto com os Estados Unidos. "Temos de estar preparados com medidas de retaliação no caso de não haver alternativa, mas eu continuo a acreditar que o diálogo deve prevalecer entre parceiros importantes como a UE e os EUA, incluindo na tarefa de concluir esta disputa duradoura", argumenta Cecilia Malmström, a comissária europeia para o Comércio, em comunicado.
O conflito começou em 2004 e é recíproco, ou seja, os EUA acusam a UE de ajudar a Airbus com subsídios e a UE acusa os EUA de ajudar a Boeing com subsídios. Neste momento, o processo já está a aproximar-se do fim na OMC, ainda que o caso relativo à Airbus esteja mais adiantado do que o relativo à Boeing. No caso da Airbus, os EUA preparam uma lista com tarifas sobre 11 mil milhões de dólares de importações, onde se incluem helicópteros de passageiros, vários queijos e vinhos, fatos de neve e algumas motas.
Atualmente, os EUA impõem tarifas à UE no que toca ao aço e ao alumínio desde o ano passado, tendo o bloco europeu retaliado. Além disso, as autoridades norte-americanas têm ameaçado várias vezes com tarifas sobre os carros europeus. Esta semana os Estados-membros deram "luz verde" à Comissão Europeia para negociar um acordo comercial com os Estados Unidos e evitar uma escalada do confronto, tendo em vista o corte nas tarifas sobre bens industriais e uma adaptação mais fácil dos produtos aos padrões de ambos os mercados.
Segundo Bruxelas, a 11 de abril a OMC aprovou o relatório sobre a disputa da Boeing, confirmando que os subsídios norte-americanos continuam a causar "danos significativos" à Airbus, "incluindo perda de vendas". Tendo como base esta decisão da OMC, a Comissão decidiu lançar para consulta pública uma lista preliminar de produtos importados que podem vir a ser alvo de tarifas, mas a sua potencial aplicação ainda não será para já.
A lista inclui uma série de bens, nomeadamente aviões, químicos e produtos agrícolas que vão desde o peixe congelado ao ketchup. No total, estas importações norte-americanas podem representar cerca de 20 mil milhões de dólares. Em 2012, a União Europeia já tinha pedido autorização à OMC para compor uma lista de 12 mil milhões de dólares, "equivalente ao dano estimado causado à Airbus pelo apoio dos EUA à Boeing".We are launching a public consultation on countermeasures for US product following up the WTO ruling on Boeing subsidies.
— European Commission (@EU_Commission) 17 de abril de 2019
European companies must be able to compete on fair and equal terms.
We believe that dialogue should prevail.
More info → https://t.co/vKOUq0QbON pic.twitter.com/mTQcjbNeic
Consoante a decisão da OMC, a UE vai desenhar a lista final, mas o objetivo é evitar de todo um confronto com os Estados Unidos. "Temos de estar preparados com medidas de retaliação no caso de não haver alternativa, mas eu continuo a acreditar que o diálogo deve prevalecer entre parceiros importantes como a UE e os EUA, incluindo na tarefa de concluir esta disputa duradoura", argumenta Cecilia Malmström, a comissária europeia para o Comércio, em comunicado.
O conflito começou em 2004 e é recíproco, ou seja, os EUA acusam a UE de ajudar a Airbus com subsídios e a UE acusa os EUA de ajudar a Boeing com subsídios. Neste momento, o processo já está a aproximar-se do fim na OMC, ainda que o caso relativo à Airbus esteja mais adiantado do que o relativo à Boeing. No caso da Airbus, os EUA preparam uma lista com tarifas sobre 11 mil milhões de dólares de importações, onde se incluem helicópteros de passageiros, vários queijos e vinhos, fatos de neve e algumas motas.
Atualmente, os EUA impõem tarifas à UE no que toca ao aço e ao alumínio desde o ano passado, tendo o bloco europeu retaliado. Além disso, as autoridades norte-americanas têm ameaçado várias vezes com tarifas sobre os carros europeus. Esta semana os Estados-membros deram "luz verde" à Comissão Europeia para negociar um acordo comercial com os Estados Unidos e evitar uma escalada do confronto, tendo em vista o corte nas tarifas sobre bens industriais e uma adaptação mais fácil dos produtos aos padrões de ambos os mercados.