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Centeno: Europa vive "maior e mais sustentável" período de recuperação económica

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse esta quarta-feira que a Europa "vive o maior e mais sustentável" período de recuperação económica, fator que permite "ter tempo" para implementar políticas que garantam a construção do projeto europeu.

António Pedro Santos/Lusa
29 de Maio de 2019 às 23:42
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"A Europa vive o maior e mais sustentável e prolongado período de recuperação económica das últimas décadas", afirmou Centeno, acrescentando que "são 24 trimestres consecutivos de crescimento".

 

"São mais de 11 milhões de empregos criados desde 2013. Nunca, desde que temos estatísticas, que a Europa criou tantos empregos em tão pouco tempo", destacou o também ministro das Finanças na cerimónia de encerramento das Conferências do Estoril, em Carcavelos, distrito de Lisboa.

 

Além disso, acrescentou Centeno, as finanças públicas na área do euro estão "próximas do equilíbrio" e nunca, desde 1995, ano a partir do qual existem estatísticas comparáveis, "a dispersão de saldos orçamentais foi tão baixa".

 

"Estes indicadores são a base da nossa ação, são a base que nos permite ter tempo. Ter tempo para que as políticas que temos de implementar possam ser inclusivas, possam ser distribuídas por todos e possam promover a sustentabilidade desta enorme construção que é a Europa", defendeu Mário Centeno.

 

Para o ministro das Finanças, "o tempo é uma variável muito importante e em economia é muitas vezes pouco considerado", referindo que "quando a ansiedade se apodera dos decisores políticos surgem decisões simples e a maior parte das vezes erradas para problemas complexos".

 

Falando nas várias vertentes da sustentabilidade - ambiental, social, económica e financeira -, Centeno disse que a sustentabilidade das finanças públicas, o crescimento económico e a promoção de uma economia verde não podem ser tratados como se fossem "um trilema", o que seria "um erro imperdoável"

 

"Não podemos obrigar-nos a escolher entre um ou outro em detrimento dos restantes", acrescentou o ministro, defendendo que "num mundo incerto" é preciso "trilhar novos caminhos, explorar novas soluções e debater novas oportunidades".

 

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