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Bruxelas admite travar investida de empresas estatais chinesas

A comissária Margrethe Vestager lamenta que agentes privados estejam a "enfrentar os cofres de um Estado" extracomunitário, equacionando acolher proposta holandesa que reforça o poder de intervenção nestes casos.

#30 - Margrethe Vestager
16 de Dezembro de 2019 às 11:49
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A Comissão Europeia está a ponderar avançar com medidas concretas para responder à investida chinesa sobre empresas rivais do Velho Continente, concretizada através de sociedades detidas ou apoiadas pelo Estado, como aconteceu com a REN ou com a EDP em Portugal.

 

"Percebemos que há uma brecha se, por exemplo, uma empresa estatal quiser comprar uma empresa europeia e puder pagar qualquer valor, se assim o desejar, enquanto os outros potenciais compradores enfrentam os cofres de um Estado. (…) Estamos a tentar perceber o que fazer sobre isso", sustenta Margrethe Vestager.

 

Em declarações ao Financial Times, a comissária da Concorrência deixa elogios à proposta "muito ambiciosa" apresentada pelo governo da Holanda, que daria maior poder ao Executivo comunitário para intervir em caso de distorção provocada por empresas que beneficiam de subsídios governamentais ou da posição dominante no seu mercado interno.

 

Proibir a prática de preços artificialmente baixos, impedir a concretização de aquisições que não sejam "genuinamente lucrativas" e a exigência de maior transparência ao nível da contabilidade. Estas são algumas das ações previstas no plano holandês e que são vistas como "úteis" por Vestager, que ascendeu à vice-presidente executiva na nova equipa liderada por Ursula von der Leyen.

Este tem sido um tema sensível entre os dois blocos económicos, que já levou inclusive o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, a dizer, durante uma visita a Bruxelas, em março deste ano, que "espera que todos os países criem um ambiente de competição livre e justa para as empresas de outros países".

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